O Force Touch e o Taptic Engine têm se mostrado mais do que apenas um mecanismo de entrada, com a capacidade de reconhecer diferentes formas de toques, mas também um meio de fornecer feedbacks táteis aos usuários. A tecnologia haptics, como é chamado o conjunto de respostas físicas sensíveis aos toques, tem chamado bastante a atenção com a novidade da Apple chegando nos MacBooks, e enriquece a experiência dos usuários.

O retorno com vibrações características oferecem uma resposta para determinadas ações nos softwares, fornecendo uma interação mais realista. Essas características foram encontradas em uma atualização recente do iMovie, e ilustram o poder do novo trackpad da Apple, segundo um dos pioneiros da tecnologia, Vincent Hayward.

O editor de filmes Alex Gollner notou pela primeira vez que a Apple estava usando o trackpad para fornecer feedback tátil em uma recente atualização para o software. Ele relata que diferentes ações emitem um feedback, de modo personalizado, ou seja, o software disponibiliza os retornos de acordo com as necessidades de suas funções.

Por exemplo, ao adicionar um título de filme dentro do projeto, o usuário recebe um feedback que indica o encaixe na posição inicial ou final de um clipe. Percorrer o clip até o final também emite um retorno tátil. Uma outra vibração sutil é provida no encaixe nas guias de alinhamento, que aparecem no visualizador ao cortar clipes.

A Apple demonstrou o recurso do Force Touch ao anunciar o novo MacBook de 12 polegadas, mas focou-se no recurso como um mecanismo de entrada, que fornece ao OS X respostas diferentes de acordo com a pressão do toque. Porém, o pioneiro da tecnologia haptics, Hayward, disse à Wired que o trackpad tem o mesmo potencial como um dispositivo de resposta, o que permite ao usuário "sentir" o que um aplicativo está fazendo.

Hayward acredita que essa funcionalidade pode acentuar a interação com todos os tipos de elementos da tela, como botões, menus e ícones, a fim de tornar o uso mais realista, ou mesmo útil e agradável. Um recente projeto de um grupo de pesquisadores da Disney desenvolveu um ambiente touchscreen em que se pode sentir os ícones "mais pesados" de acordo com o tamanho do arquivo.

É possível também que as respostas táteis do Force Touch beneficiem os recursos de acessibilidade, favorecendo deficientes visuais. O mecanismo é capaz de saber até mesmo se estamos usando o polegar ou algum outro dedo.

Hayward diz que os planos relatados da Apple para adicionar o Force Touch no iPhone é realista, e apenas exige que os motores sejam poderosos e eficientes em termos de bateria.