O FBI foi protagonista de uma polêmica grande com a Apple recentemente por causa do iPhone 5C obtido de um dos terroristas do tiroteio em San Bernardino. Agora, parece que o equivalente americano da Polícia Federal tem mais um caso parecido nas mãos, e pode estar prestes a abrir uma nova briga com a empresa da maçã por conta de um iPhone protegido com senha.

Agentes dos EUA obtiveram o iPhone de outro terrorista inacessível por causa, de novo, de um PIN que impede o desbloqueio. Autoridades do país já declararam que pretendem destravar o aparelho a qualquer custo, o que pode resultar em um novo impasse: caso o modelo do celular não seja um iPhone 5C ou esteja com iOS atualizado, dificilmente isso será possível sem ajuda da Apple.

O FBI disse ter gastado cerca de US$ 1 milhão para pagar hackers na busca por uma falha no iPhone do atirador de San Bernardino, tarefa que supostamente teria dado certo. No entanto, é bem provável que o método utilizado naquela ocasião seja inútil agora: desde o iOS 8, os aparelhos da Apple estão ainda mais difíceis de serem crackeados.

Isso sem falar em modelos mais recentes de iPhone. No iPhone 5C, já é conhecido um método de invasão que consiste em clonar o chip de memória para liberar o bloqueio do aparelho depois de 10 tentativas de adivinhação do PIN. Com isso, é possível usar o software para quebrar a segurança de maneira forçada. Mas, a partir do iPhone 5S, esse procedimento já não funciona.

Ainda não se sabe qual o modelo ou o sistema operacional do iPhone obtido pelo FBI, mas uma coisa é certa: há grandes chances de, mais uma vez, o órgão americano vir a público pedir ajuda da Apple para criar uma ferramenta que facilite a invasão do telefone - a chamada "back door". É esperar para ver o desenrolar de mais uma polêmica.