Apple 14 Nov
A nova geração do MacBook Pro, apresentada ao mundo ao final do mês de outubro em três versões, introduziram, pela primeira vez a compatibilidade com USB 3.1, em conjunto com a conexão Thunderbolt 3, matando de uma vez por todas o tradicional formato do USB na linha 'Pro' de laptops da maçã.
Por mais que isso tenha sido considerado por muitos como um 'salto para o futuro padrão a ser adotado no mercado', diversos usuários se decepcionaram, especialmente aqueles que confiam-se no USB comum para transferir dados de seus periféricos (câmeras, HDs, etc) para as máquinas, restando-lhe apenas a opção de utilizar adaptadores para tal.
Devido a essa "limitação", para estimular a venda das máquinas a Apple acabou reduzindo o valor dos adaptadores USB-C, algo que veio para remediar um problema antes não existente, mas pelo visto, essa não foi a única decepção para os compradores do portátil.
Apesar da versão de entrada das máquinas — a primeira a ser disponibilizada para compra — trazer um módulo de SSD removível, há poucos dias, as versões mais avançadas (que incluem a TouchBar) começaram a chegar nas mãos dos primeiros clientes, e com isso, tivemos outra surpresa não muito agradável.
Uma desmontagem recente do dispositivo revelou que o módulo de SSD é soldado à placa mãe nas unidades com TouchBar, algo que a Apple já havia adotado para o MacBook de 12".
Ou seja, aqueles que comprarem os laptops não terão a opção de atualizar a memória interna, deixando-os à mercê de soluções externas para obter mais espaço, ou desembolsar ainda mais para obter uma versão com armazenamento superior (de até 2TB).
A Apple começou a limitar a 'atualização de hardware pelo usuário final' em suas máquinas a partir 2012, quando lançou MacBooks Pro com módulos de memória RAM soldados à placa.
Em 2015, ela apresentou o MacBook de 12" com o SSD não-substituível, ou seja, era apenas uma questão de tempo até essa particularidade estender-se para modelos posteriores.
Resumindo, se você está pensando em comprar um MacBook Pro novo, porém, não quer abrir mão da opção de atualizar o SSD, o ideal é optar pelos modelos do ano passado (que ainda trazem conexão USB padrão, bem como slot para cartões SD e conector magnético MagSafe).
Outra escolha (mais cara e limitada) seria colocar as mãos na nova versão de entrada do MacBook Pro 2016, que diga-se de passagem, só traz duas portas USB-C (Thunderbolt 3), porém, ainda mantem o SSD atualizável.
O mais impressionante é ver que essas máquinas tão limitadas chegaram ao mercado brasileiro custando mais caro do que os modelos anteriores, que possuíam um leque maior de opções de conectividade; e pra piorar, sequer trazem a geração mais recente de processadores da Intel. :-(
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