Depois de ver sua oferta superior a US$ 100 bilhões pela compra da Qualcomm recusada, a Broadcom pretende agora adotar uma estratégia mais agressiva para assumir o comando da concorrente.

Nesta segunda-feira, a Broadcom afirmou, por meio do seu CEO Hock Tan, que pretende nomear 11 pessoas para ocupar todas as vagas no quadro de diretores da Qualcomm. Desta forma, a pretensão é controlar por completo a empresa, a fim de aprovar a sua venda.

“Nós ouvimos muitos acionistas da Qualcomm que expressaram o desejo da empresa de se unir a nós. Tentamos repetidamente nos unir à Qualcomm, e apesar do apoio de acionistas e consumidores à transação, a Qualcomm ignorou essas oportunidades. As nomeações dão aos acionistas da Qualcomm a oportunidade de expressar o descontentamento com os diretores da Qualcomm e a recusa deles de entrar em negociação conosco”

A eleição dos próximos diretores da Qualcomm será realizada em uma conferência anual da fabricante de chipsets, programada para o dia 6 de março do próximo ano.

No começo de novembro, a Broadcom fez uma proposta a qual poderia alcançar a quantia de US$ 130 bilhões pela aquisição da Qualcomm. No entanto, os diretores da companhia rejeitaram a oferta por acreditar que a mesma subvalorizava a empresa.

Se por um lado, os cofres dos acionistas da Qualcomm podem ficar recheados em breve; por outro, a empresa enfrenta uma batalha judicial contra outra gigante tecnológica: a Apple. O último capítulo dessa briga foi um novo processo, no qual a desenvolvedora de processadores acusou a ‘Maçã’ de violar suas patentes no iPhone X.