O Uber é um dos aplicativos mais polêmicos do mundo, sendo frequentemente barrado de funcionar. No Brasil, ele se encontra atualmente liberado, mas pode ser proibido a qualquer momento pelo ministério público. Ainda que algumas pessoas contribuam com os motoristas do Uber, em seu sentido original ele era um aplicativo criado para compartilhar caronas, agora ele pode estar dando mais um passo para substituir oficialmente o mercado de taxis.

Por enquanto a mudança está restrita a Índia, onde o aplicativo está testando um modelo ativo de pagamento. A opção deve ser selecionada antes de você pegar a carona e aceita de antemão pelo motorista.

O Uber já havia deixado claro que gostaria de experimentar com diferentes formas de pagamento no mercado dos países emergentes, e a Índia pareceu ser uma excelente opção para eles. Em um país onde apenas 2% da população possui cartão de crédito/débito, é uma sociedade ainda inteiramente baseada em dinheiro, o que representa uma ótima forma de experimentar o funcionamento deste tipo de transação.

Atualmente, o Uber funciona em 11 cidades do país e apesar do pequeno número de usuários, utilizado mais pela juventude e pelas classes sociais mais abastadas, ela já tem conseguido demonstrar alguns resultados para a empresa. Quase 400 milhões de dólares foram investidos nos experimentos no país recentemente pela empresa rival de caronas, chamada de Ola, presente em 110 cidades, pronta para ampliar este número para 200.

Se tudo der certo na Índia, o próximo alvo será o país natal do serviço, os Estados Unidos. Com leis muito mais rigorosas do que ambos os países, é bem difícil que este serviço chegue ao Brasil, já que isto violaria uma série de leis que limitam as emissões de licitações de táxi nas cidades. Neste aspecto, o Uber ainda tem que crescer muito para ser capaz de entender melhor como ele pode atuar em nosso território sem perturbar a lei vigente.