12 Dezembro 2017
Gravar um curta não é nada fácil. Atores muitas vezes esquecem o roteiro, ou perdem a deixa para sua próxima fala, por exemplo. Sem falar no trabalho que é para a equipe por trás das câmeras, que precisa se posicionar para capturar as melhores imagens e o som perfeito, sem altos e baixos.
O diretor Paul Trillo, que já fez um curta gravado com um Lumia 1020, tinha um drone com câmera e uma ideia na cabeça. E se arriscou a gravar um vídeo de dez minutos só com esse equipamento, em plano-sequência, ou seja, sem cortes. Parece fácil? É ainda mais difícil.
O curta de cerca de dez minutos (contando os créditos) “At the End of the Cul-de-Sac” (“No final do beco sem saída”, em tradução direta), Trillo utilizou apenas um drone com câmera para filmar, sem cortes. E isso exige um esforço de sincronização impressionante, e só fica mais difícil conforme a ação vai avançando, já que um erro pode causar o reinício das filmagens.
Antes de colocar os atores em ação, o diretor utilizou uma animação que reproduziu todo o cenário de filmagem perfeitamente (mas em baixa resolução) para ter uma ideia do caminho que o drone deveria percorrer. Isso também serviu para a equipe técnica ter uma ideia de onde se posicionar para não aparecer no vídeo.
Depois, foi necessário muito ensaio para que tanto a equipe técnica como os atores se posicionassem devidamente, e soubessem o momento exato de realizar cada ação, de modo que não prejudicassem os colegas. E não se esqueça que todo o equipamento de captura de áudio, por exemplo, também tinha que ser escondido da câmera.
A trabalheira danada deu um bom resultado, e o espectador se sente como um membro da vizinhança assistindo a ação em tempo real. Com a diferença que, às vezes, tem uma visão aérea do que está acontecendo.
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