01 Julho 2016
A situação econômica do país parece não estar impedindo que consumidores brasileiros invistam alto na compra de smartphones. Segundo um relatório da IDC Brasil, o gasto médio na troca do celular aumentou 27% desde 2015, de 750 reais para 880 reais. Além do dólar mais caro, a mudança foi impulsionada, segundo a consultoria, por um mercado "mais maduro".
O incremento nos gastos fez com que a presença de aparelhos custando R$ 700 ou menos caísse de 59% para 44% em um ano. Por outro lado, os modelos de até R$ 1.300 estão mais populares, representando outros 44% das unidades vendidas - ano passado, a participação era de 31%.
Segundo a IDC, a alta do dólar teve sua parcela de influência no aumento do gasto médio do brasileiro em celulares, já que os preços tiveram reajuste no mesmo período. Porém, a mudança mais significativa vem em decorrência de mais maturidade do mercado. Na prática, consumidores estão buscando melhorar sua experiência com smartphones, buscando modelos premium.
Segundo a IDC:
As fabricantes enxergaram uma oportunidade nestes usuários que já tinham o primeiro smartphone e estavam indo para o segundo. Porque esse consumidor começa a perceber e dar valor a algumas funções técnicas que influenciam no preço do aparelho. Dificilmente você vai comprar o segundo aparelho inferior tecnicamente ao primeiro. Por isso, os segundos acabam sendo mais caros e o cliente acaba pagando um pouco mais e vê valor nisso.
O segmento top de linha triplicou sua participação no mercado, embora continue baixa, saltando de 1% para 3%. Foi um desempenho relativo muito acima da média considerando, por exemplo, a fatia maior conquistada pela venda de aparelhos com preço acima de R$ 1.300, mas não chegam a ser os melhores e mais caros.
O investimento maior do brasileiro acontece em um período de retração econômica que provoca queda nas vendas unitárias de smarts. Isso significa que, embora esteja comprando menos, o brasileiro acaba desembolsando uma quantia maior quando decide adquirir um novo aparelho.
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