08 Dezembro 2016
A Microsoft Research está pesquisando meios de levar a realidade virtual para ainda mais usuários. Através do projeto FlashBack, os pesquisadores pretendem tornar a tecnologia capaz de funcionar mesmo em aparelhos intermediários. Agora a empresa publicou um vídeo para apresentar alguns detalhes do projeto.
A tecnologia de VR, que antes consumidores finais só viam em filmes de ficção científica, hoje está disponível para os interessados através de diversas opções de dispositivos. O problema é que ela ainda não é algo muito acessível, uma vez que mesmo as ofertas mais baratas, como o Google Cardboard, ainda exigem um dispositivo de custo mais elevado para que possibilite uma boa experiência.
O problema é que a VR precisa de uma quantidade nada modesta de recursos de CPU e GPU para renderizar o conteúdo. Para computadores avançados, laptops para jogos, e smartphones de ponta, isso pode não ser um problema, mas a maioria dos smartphones abaixo da marca de US$ 500 não contam com processadores capazes de lidar com a tarefa. Por isso, mesmo com um dispositivo VR barato, a imersão com esses aparelhos tende a ser frustrante.
Porém, esses smartphones têm mais do que armazenamento de dados o suficiente. A ideia do FlashBack é usar esse espaço para colocar o peso que sobrecarrega o CPU e GPU. A abordagem é pré-processar o conteúdo VR em todas as visões possíveis que o usuário pode visualizar ao caminhar ou direcionar o olhar, e criar um processo de armazenamento de cache de todo esse conteúdo. Assim, não é necessário renderizar em tempo real.
Confira o vídeo que a Microsoft publicou para oferecer maiores detalhes de sua nova tecnologia:
Mas isso não é tudo. A tecnologia do Flashback deve ser capaz ainda de calcular quando um objeto renderizado e armazenado deverá aparecer no campo de visão, ou seja, levar em conta a direção que o usuário está olhando para colocar na tela o que deve ser visualizado e deformar o conteúdo para cada olho.
Há também a preocupação de comprimir as imagens renderizadas para que elas não ocupem muito espaço e, em seguida, descomprimi-las quando necessário. Isso também gasta recursos da CPU, e se não for feito corretamente pode acabar afetando negativamente a experiência VR.
A Microsoft Research afirma que o FlashBack produz 15 vezes menor latência, 100 vezes melhor em eficácia de energia e processa gráficos até 8 vezes mais rápido. Embora a ausência de renderização em tempo real possa impossibilitar jogos e experiências "ao vivo", ainda assim é um grande avanço para oferecer algumas opções aos donos de aparelhos mais modestos.
Comentários