A Anatel, em uma mais uma medida que visa beneficiar as operadoras e, consequentemente, os usuários, coloca em consulta pública durante os próximos 60 dias um proposta para liberar a frequência de 2,3 e 2,5 GHz, atualmente ocupadas pelas emissoras de televisão. Com essa fatia de espectro vaga, os serviços de telefonia e acesso à internet poderiam ter sua qualidade melhorada.

Essa proposta tem como objetivo resolver um problema que não afeta diretamente o consumidor, mas, principalmente, as emissoras na realização de reportagens externas, ou os famosos "links", como se diz nos telejornais. Acontece que para haver essa transmissão do local até a sede da emissora, a faixa de 2,4 GHz é utilizada e, devido a isso, são causadas interferências com sistemas Wi-Fi.

De acordo com Rodrigo Zerbone, relator da proposta, a utilização da frequência acaba não sendo de forma completa e a melhor solução para isso é a troca de espectro. Enquanto as operadoras passariam a usar as faixas citadas anteriormente, as emissoras de televisão ficariam com as de 2025 MHz a 2110 MHz e 2200 a 2300 MHz somente para os serviços de SARC e RpTV (repetidoras). Já para as reportagens móveis seriam liberadas as faixas de 3,3 a 3,4 GHz, não causando assim mais nenhum tipo de interferência com outros sinais.

Além disso, conforme já estabelecido em Decreto Presidencial, fica também incorporado pelos regramentos da Anatel a fixação da data limite de ocupação dos 700 MHz pela radiodifusão até o ano de 2018. Vamos torcer para que essa boa proposta seja aprovada e o país finalmente, ou ao menos comece, a solucionar todos os entraves ligados a esse assunto.