Mesmo com a crise mundial, o mercado de smartphones apresenta resultados dos mais interessantes, sempre em ritmo crescente, inclusive em países mais pobres onde a conexão com a internet é precária. Apesar da maioria desses estar localizado no continente africano, aqui na América Latina um de nossos vizinhos está cerca de cinco anos sem apresentar aumento com a mesma base de linhas móveis: a Venezuela.

De acordo com dados divulgados pelo órgão regulador do país, desde 2011 o mercado de telefonia móvel venezuelano se mantém no número de 30 milhões. Ou seja, desde então há uma estagnação, não cresce e nem diminui. Aliás, por lá em 2015 haviam cerca de 13,3 milhões de smartphones, o que representa 45,7 das linhas móveis. Com isso fica bem claro o motivo da não oscilação.

No que condiz as redes de internet, os resultados são ainda mais alarmantes: apenas 2,2% dos dispositivos são habilitados com 4G, seguindo um ritmo bem diferente aqui do Brasil, por exemplo. Em contrapartida, o CDMA, uma tecnologia mais que ultrapassada representa 22,5%, uma parcela bastante considerável.

Os motivos que explicam todo esse atraso tecnológico são variados, mas o principal deles com certeza é a crise política e econômica do país, que afeta não só o setor, mas também importantes áreas sociais. Enquanto essas questões não são superadas, empresas como o Facebook, por exemplo, encontram medidas como o lançamento de apps em versões mais leves para que a população não seja ainda mais prejudicada.