Planos 10 Jan
Esqueça a audiência pública da Anatel sobre o limite da banda larga fixa e a promessa de Juarez Quadros de manter liminar que impede o corte do acesso por um bom tempo. O debate já tem um lado vencedor, e não será o consumidor.
De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o modelo de franquia de dados começará a ser implantado no Brasil já no segundo semestre de 2017.
O nosso objetivo é beneficiar o usuário. O Ministério trabalha para que o usuário seja cada vez mais beneficiado, com melhores serviços. Portanto, nós vamos, no momento certo, esperamos que seja ainda em 2017 – nossa meta é no segundo semestre – para que esse serviço seja o mais elástico possível.
De acordo com o ministro, a Anatel está cuidando da formatação desse serviço, “e o governo participa dessas discussões”. Ou seja, a briga já está perdida no lado do consumidor, e só o que nos resta é esperar que os limites sejam justos.
Kassab ainda disse que não há, até o momento, nenhum número definido. Mas avisa que as operadoras terão que oferecer diferentes tipos de pacotes, com quantidades distintas de dados, para que o consumidor escolha com base em sua preferência – ou conforme cabe no bolso.
Tem uma série de estudos. Eu já li alguns, mas não existem números. Existem estudos sobre vinculações. Esse é o ponto de equilíbrio que eu estou dizendo. A empresa tem um limite e o consumidor tem um sonho: que seja ilimitado ao infinito. E cabe ao governo, cabe a Anatel, definir esse ponto de equilíbrio.
O ministro ainda explicou que o assunto está vinculado à nova lei das telecomunicações, que “muda o setor. Permite mais investimento. Pode permitir receitas que comportem o governo exigir mais das operadoras”.
Veja abaixo o vídeo em que Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, confirma que Anatel e governo trabalham para aceitar a imposição das empresas de impor limite à banda larga fixa:
Apesar de já estar definido entre Anatel, governo e teles que a internet ilimitada está chegando ao fim no Brasil, o ministro acredita que o modelo com franquia não será permanente.
Não será ilimitado. Vamos ser claros. Mas você pode até construir 1 programa que defina quando será ilimitado. (...)
É inviável [obrigar empresas a oferecerem internet ilimitada]. Nós estamos num país sério. Um país em que concessionárias têm seus contratos, compromissos. E a gente tem que esticar o máximo. Não vamos ficar do lado das empresas. Estamos do lado dos consumidores. Esse limite é o máximo possível. (…)
Agora, eu falo como consumidor. A tecnologia está nos levando a tornar ilimitada. Vai chegar esse momento. Chegará o momento em que será ilimitada e com o custo adicional irrisório. Tenho certeza.
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