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Vazamentos de Snowden revelam esquema de agências do governo para espionar celulares em voos

13 de dezembro de 2016 5

Novos documentos fornecidos pelo antigo contratante da NSA Edward Snowden revelam mais informações sobre a vigilância de massa realizada por agências governamentais. De acordo com os vazamentos, a NSA e a GCHQ interceptavam chamadas telefônicas realizadas em celulares dentro de voos. Não só isso, mas também dados de redes sociais, aplicativos de viagens, VOIP, BitTorrent e Skype.

Milhares de pessoas foram espionadas pelas agências desde 2007 em voos de grandes companhias, tais como British Airways, Air France, Hong Kong Airways, Aeroflot, Etihad, Emirates, Singapore Airways, Turkish Airlines, Cathay Pacific e Lufthansa, de acordo com o The Intercept.

As revelações começam com o seguinte enigma: "O que têm em comum o Presidente do Paquistão, um contrabandista de charutos, um traficante de armas e um alvo antiterrorista? Todos usaram seus celulares GSM do dia-a-dia durante um voo".

Este enigma apareceu em 2010 no SIDtoday, o boletim interno da Signals Intelligence Directorate (SID) da NSA, e foi classificado como "top secret". Ele anunciou o surgimento de um novo campo na espionagem ainda não explorado: a interceptação de dados de chamadas telefônicas realizada a bordo de voos civis.

Em um outro documento interno, do ano anterior, a NSA informou que 50.000 pessoas já haviam usado seus telefones celulares em voo em dezembro de 2008, um número que subiu para 100.000 em fevereiro de 2009. A NSA atribuiu o aumento a "mais aviões equipados com capacidades GSM durante o voo, e diminuição do medo de que um avião vai falhar devido a realização ou recebimento de uma chamada.

Com uma apresentação de 2012, a GCHQ, o equivalente britânico da NSA, revelou um programa chamado "Southwinds", que foi usado para reunir toda a atividade celular, comunicação de voz, dados, metadados e conteúdo de chamadas a bordo de aeronaves comerciais. O documento, denominado "top secret strap", um dos mais altos níveis de classificação britânica, disse que o programa ainda estava restrito às regiões cobertas por satélites da operadora britânica Inmarsat. Essas regiões são a Europa, Oriente Médio e África.

Como dados eram coletados quase em tempo real

Um avião pode ser "rastreado" a cada dois minutos, de acordo com a apresentação, "quase em tempo real". Para espionar um celular, tudo o que era necessário era que a aeronave sobrevoasse a uma altitude acima de 10.000 pés. Estações aéreas secretas no solo podiam interceptar o sinal quando ele transitava através de um satélite. O simples fato de que o telefone estivesse ligado já era o suficiente para dar a sua posição; a intercepção poderia então ser cruzada com a lista de passageiros conhecidos no voo, o número do voo e o código da companhia aérea para determinar o nome do usuário do smartphone.

O Le Monde analisou as informações sobre a vigilância das aeronaves e seus passageiros em todo o mundo entre 2005 e 2013, incluindo documentos dos arquivos de Snowden que ainda não fora publicados, e foi verificado que desde cedo a Air France chamou especial atenção dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Questionada pelo Le Monde sobre as atividades de vigilância britânicas e norte-americanas, a resposta da companhia aérea foi de que "visivelmente não somos os únicos a sermos alvo e não sabemos absolutamente nada sobre essas práticas".

Até o momento, sabe-se sobre alguns alvos que incluem o presidente angolano José Eduardo dos Santos, o ex-presidente queniano Mwai Kibaki, o primeiro-ministro queniano Raila Odinga, o ex-presidente nigeriano Umaru Yar’Adua, o também ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathane e o ex-presidente ganense John Kufuor. Também estão inclusos dirigentes, empresários, movimentos rebeldes, empresas de telecomunicações e organizações internacionais de pelo menos 20 países africanos.

Os "espólios de guerra", ou seja, os dados recolhidos dos aparelhos, são alistados com orgulho pela apresentação da GCHQ, incluindo comunicação de voz, dados, SMS, Webmail, Webchat, redes sociais (Facebook, Twitter, etc.), aplicativos de viagens, Google Maps, VOIP, BitTorrent e Skype.

Em responda ao Le Monde, a GCHQ disse que não faz comentários sobre assuntos de inteligência e que suas atividades são "autorizadas e necessárias" e "totalmente compatíveis com a Convenção Europeia de Direitos Humanos". A NSA disse que suas atividades cumprem a lei norte-americana e se recusou a comentar mais.

Ainda há documentos sobre este caso a serem revelados por Snowden, contendo outros nomes de alvos provenientes de outros continentes.


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