Sony 19 Jul
O PS Vita, console portátil lançado pela Sony em 2011 como sucessor do Playstation Portable (PSP), chegou ao mundo com atraso. Esta é uma avaliação interna da própria Sony, segundo o ex-CEO da Sony Computer Entertainment America (SCEA), Jack Tretton, que deixou a empresa em 2014, após 19 anos de dedicação à marca.
Agora que eu não trabalho mais lá, acho que internamente (a impressão) era: ‘Esta é uma excelente máquina, só é tarde demais’. O mundo havia mudado para dispositivos portáteis que não eram máquinas dedicadas à jogatina.
Tretton se refere à mudança dos gamers mais casuais ou que preferem os jogos à moda antiga para os smartphones. O avanço nos primeiros anos fez dos telefones inteligentes máquinas mais completas, nas quais não só era possível fazer ligações e navegar na internet, mas também jogar. O PS Vita, que foi lançado no Japão e em partes da Ásia em 17 de dezembro de 2011, chegou à América do Norte e mercados dos países ricos ocidentais em 22 de fevereiro do ano seguinte (no Brasil, desembarcou no início de março).
O dispositivo é um console portátil, e não oferece mais do que isso. Dedicado aos jogos eletrônicos, o PS Vita foi preterido na lista de prioridades de gamers, casuais ou não, pelos smartphones e tablets, que também serviam para jogar. Portanto, foi uma máquina que chegou “em uma época em que poucas pessoas sentiam necessidade de um dispositivo portátil dedicado”.
Apesar desta visão de Tretton – e, ao que ele indica, da própria Sony – a família 3DS, da Nintendo, não sofre do mesmo mal. Um console portátil que não faz muito mais do que oferecer jogos, a maioria em cartuchos, já vendeu milhões de unidades, com sucesso muito grande principalmente no Japão. Mas, claro, a Big N tem o apelo de seus personagens carismáticos e franquias de grande sucesso, como Mario, Pokémon e outros, enquanto a Sony trilhou seu caminho no mercado de videogames principalmente com jogos mais realistas e nem um pouco casuais.
Comentários