Tech 28 Ago
Carol Reiley é cofundadora e presidente de uma startup que trabalha com carro autônomo, chamada Drive.ai, e seu objetivo é ajudar a inteligência artificial dos veículos a aprender a interagir melhor com as pessoas. Seu interesse em robótica consiste em "como a tecnologia se intersecciona com a humanidade. Como estes carros realmente interagem com as pessoas?"
Enquanto o desenvolvimento de carros autônomos é focado na tecnologia de autocondução, enfrentando desafios específicos dos motoristas como mau tempo e trânsito, a Drive.ai quer resolver os problemas sobre o comportamento dessas inteligências, através de aprendizagem profunda, método para as AIs aprenderem por conta própria.
Mas a parte mais interessante da empresa é o seu trabalho sobre as interações entre humanos e robôs. Basicamente, Reiley e sua equipe querem ajudar carros a falar com as pessoas ao redor. Não apenas o motorista do veículo, mas também os pedestres, ciclistas, e outros motoristas por perto.
Há uma enorme quantidade de comunicação não verbal entre motoristas e o mundo ao redor deles, como acenar com as mãos, ou mesmo a buzina e sinais com a seta. Para Reiley, é importante que os carros que se dirigem sozinhos também possam desenvolver interações. E, uma vez que um carro autônomo não vai ter um rosto ou mãos, ele precisa de uma outra maneira de interagir.
Assim, a Drive.ai está trabalhando em sinais LED no veículo que usam textos e imagens semelhantes a emojis para se comunicar. O feedback auditivo também é importante, e a buzina do carro pode ser usada para muitas finalidades, ainda que não seja possível alterar o volume do som. Então, a startup está trabalhando em uma versão avançada de seu feedback auditivo, permitindo que o carro possa "ver o contexto" da situação e emitir um alerta sonoro "socialmente mais adequado".
O primeiro produto da Drive.ai será um kit que a empresa planeja vender a empresas que fazem transporte de mercadorias ou entregas, carona compartilhada, e similares. Os carros sairão da fábrica da Drive.ai, com o kit instalado. A empresa está trabalhando com parceiros potenciais para definir rotas comumente usadas antes de expandir sua áreas de cobertura para cobrir áreas cada vez maiores.
"Nosso norte é trabalhar com fabricantes de automóveis" grandes, diz Reiley. "Gostaríamos muito de ter isso em carros de consumo, mas o cronograma é muito longo. É muito difícil fazer uma implantação global em grande escala. Nossos primeiros passos são com parcerias de negócios".
Resta agora esperar para conferir como esses caros mais "simpáticos" vão interagir com os seres humanos - e, claro, se isso vai dar realmente certo no trânsito.
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