Economia e mercado 20 Mai
Atualização (10/05/24) - JB
Em comunicado oficial divulgado nesta semana, Intel e Qualcomm confirmaram que o governo dos Estados Unidos revogou uma série de licenças de venda de chips para a Huawei.
Segundo as empresas, a administração Biden usou como argumento a proteção da segurança nacional, sendo que o veto a venda de chips avançados para notebooks deve afetar as receitas da Intel.
Como resultado, as ações da empresa chegaram a cair 2,9%, uma vez que a Intel prevê que as suas receitas devem ficar abaixo do esperado pelo mercado.
Conforme explicam alguns analistas, o lançamento de notebooks da Huawei com chips da Intel habilitados para IA foi o principal motivo da revogação das licenças.
Esse movimento chegou a despertar a ira de alguns concorrentes, que pressionaram o governo Biden. Comentando o assunto, a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, salientou que a Huawei é uma "ameaça".
A Huawei ameaça a segurança nacional dos EUA. Talvez tenhamos um foco maior em IA. Então, quando aprendemos mais sobre os recursos de IA, é quando temos que agir. Se descobrimos que um chip que licenciamos anteriormente possui capacidades de IA, vamos revogar essa licença.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores da China criticou a ação dos EUA e disse que tudo não passa de protecionismo por parte dos americanos.
Texto original (08/05/24)
Após a Huawei lançar alguns notebooks com chips da Intel que podem processar ferramentas de Inteligência Artificial, o governo dos Estados Unidos resolveu revogar uma série de licenças que permitiam essas transações.
A nova rodada de sanções foi aplicada nesta quarta-feira (8) e, segundo explica o Financial Times, a medida atende ao desejo de diversos congressistas americanos, que pressionaram o governo Biden nos últimos dias.
Com isso, a Intel fica impedida de enviar seus processadores mais poderosos da linha Ultra 9, evitando que a Huawei lance notebooks equipados com IA.
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No momento, o texto detalhado com as sanções ainda não foi publicado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, mas fontes informam que até mesmo a Qualcomm virou alvo do governo no seu departamento de modems.
Procurado para comentar o assunto, o Departamento apenas informou que algumas licenças de exportação para a Huawei foram revogadas, mas as autoridades ainda não podem divulgar quais empresas foram afetadas.
Por outro lado, rumores indicam que a AMD, principal rival da Intel, também ajudou a pressionar o governo dos EUA, uma vez que apenas a Intel tinha licença para negociar com a Huawei.
Logo, a empresa parece ter exigido uma liberação semelhante ou o corte de todas as relações da Intel com a chinesa, sendo que o governo parece ter escolhido a segunda opção.
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