Curiosidade 30 Ago
A Polícia Federal (PF) prendeu duas pessoas acusadas de estelionato por aplicarem um golpe em que prometiam alterar o resultado da urna eletrônica nas próximas eleições municipais. Os suspeitos foram detidos nesta terça-feira (13/09) após denúncia de um prefeito do Rio Grande do Sul.
De acordo com a PF, “os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$ 5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para, supostamente, fraudar a eleição para vereador”. Além de duas prisões, uma em Brasília (DF) e outra em Xangri-lá (RS), a PF informou que uma terceira pessoa está foragida.
Em nota, a polícia disse que os criminosos não possuíam tecnologia nem conhecimento para fraudar as votações.
Após o cumprimento dos mandados, realizado hoje, constatou-se tratar de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos realmente poderiam obter êxito em fraudar as urnas eletrônicas e nem mesmo teriam contato com a empresa de atualização de software.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou sobre o caso e deixa claro que se trata de uma tentativa de golpe e que as urnas eletrônicas são altamente seguras. Disse o seguinte o ministro e presidente do órgão, Gilmar Mendes:
A urna é um equipamento que tem se mostrado inviolável e todo o processo de votação é extremamente seguro. Em vinte anos de história da urna, não houve uma fraude sequer no processo eleitoral brasileiro.
A tecnologia que pode facilitar a ação de estelionatários também podem coibir as práticas criminosas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse ter pego 22 mil duplicidades graças ao sistema de biometria. Um cidadão de Goiás, inclusive, possuía 51 títulos eleitorais, 51 identidades e 51 CPFs — típico caso de fraude eleitoral (possivelmente em troca de dinheiro ou outros privilégios), bem como uma provável forma ilícita de obtenção dos benefícios de programas sociais.
Recentemente, foi anunciado que hackers de origem russa acessaram o cadastro de eleitores de ao menos dois estados dos Estados Unidos. Uma advertência dada pela divisão Cibernética do famoso FBI, mas não específica quais informações exatas podem ter sido acessadas pelos hackers, mas a especulação é de que dados de registro de eleitores no Arizona e Illinois foram pegos.
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