20 Março 2018
Um grupo de pesquisadores da IBM vem trabalhando em parceria com a Universidade ETH Zurick na criação de um novo tipo de bateria inovadora capaz não só de alimentar, mas também resfriar chips ao mesmo tempo.
Batizada de Redox Flow, a bateria terá em sua composição um líquido eletrólitico especial comumente utilizado em larga escala em diferentes processo de armazenamento de energia. Recentemente pesquisadores de Harvard projetaram uma bateria que funciona de forma similar, porém a solução criada em Harvard seria capaz de durar até uma década apresentando um baixo índice de degradação, o que faria com baterias desse tipo sejam ideais em aplicações como armazenamento de energia solar ou eólica.
A IBM está sempre engajada em projetos inovadores, agora o novo desafio da companhia é conseguir diminuir a escala do dispositivo para utilizá-lo em chips de computador, segundo o estudante de doutorado Julian Marschewski, sua equipe é pioneira na criação de bateria líquidas tão pequenas, capazes não só de fornecer energia como também de dar conta do resfriamento dos chips. Por enquanto, os cientistas a frente do projeto buscam dois líquidos compatíveis capazes de conseguir tanto dissipar o calor como conduzir mais energia.
Utilizando impressoras 3D, os pesquisadores conseguiram criar com sucesso os canais responsáveis pela condução dos agentes líquidos que vão fluir através da bateria. Para evitar acidentes, os micro canais são separados por um membrana extra de segurança.
Mas quais poderiam ser as aplicações práticas para as baterias líquidas? Bem, o objetivo da IBM é diminuir progressivamente o tamanho da Redox Flow de forma a poder utilizar as baterias como solução de alimentação e resfriamento de chips, o que no futuro tornará possível criar soluções para diferentes aplicações cada vez mais compactos.
Como estamos falando de um projeto complexo e ainda nos estágios iniciais, não existe uma data estipulada para a bateria "líquida" chegar ao mercado. Certamente só veremos a Redox Flow em ação nos próximos anos. Quem quiser conferir todos os detalhes técnicos pode acessar o artigo original em inglês publicado no site da Universidade ETH Zurick.
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