A nova tendência do mercado para o futuro das casas são os acessórios que fazem parte do segmento IoT, o famoso "Internet das Coisas". Porém, assim como toda nova tecnologia que entra no mercado, alguns problemas inicias podem causar muito dor de cabeça para os primeiros usuários que investem nessas soluções.

Esse foi o caso de um cidadão norte-americano que fez uma avaliação negativa bastante enérgica alegando mal funcionamento de um desses produtos "inteligentes". O rapaz, de nome sugestivo, "R. Martin" deu apenas uma estrela e publicou uma resenha relatando diversas falhas relacionadas ao acessório intitulado "Garadget":

LIXO - NÃO DESPERDICE SEU DINHEIRO - o app para iPhone é uma m****, trava constantemente, é uma startup que obviamente não fez testes de controle de qualidade apropriados em seus produtos.

O tal do "Garadget" não é lá tão barato, custando US$ 99 (aproximadamente R$ 300) na "amazon.com" o dispositivo permite ao usuário controlar e monitorar remotamente sua porta de garagem usando um app para dispositivos móveis em conjunto com o gadget.

Até aí nenhuma novidade, já que vários produtos ou serviços acabam não agradando o consumidor final e recebem várias avaliações negativas. Mas foi aí que o inesperado aconteceu, insatisfeito Martin foi até o site do "Garadget" e comentou em um dos tópicos no fórum oficial:

Acabei de instalar e tentar registrar uma porta quando o app começou a fazer isso (piscar). Desinstalei e reinstalei o app para iPhone, liguei e desliguei o botão — imaginando que tipo de porcaria eu acabo de comprar aqui.

O rapaz estava no aguardo por um retorno da fabricante do Garadget para saber o que fazer, mas não estava preparado para o que veio a seguir. A resposta veio através de um perfil de administrador, comandado pelo próprio CEO da startup. Além de dar uma verdadeira bronca no cliente pelo uso de "linguagem abusiva", o fabricante decidiu que era válido "negar conexão com o servidor" na unidade comprada por Martin, deixando-o literalmente trancado para o lado de fora. A discussão em inglês pode ser conferida abaixo e no fórum da empresa:

A linguagem abusiva aqui e seu review negativo na Amazon, enviados minutos depois de experimentarmos uma dificuldade técnica, apenas demonstram o seu baixo controle de impulso. Eu fico feliz em prover o suporte técnico para os clientes no meu Sábado à noite, mas eu não vou tolerar nenhum ataque de raiva.

A solução dada pelo CEO da startup foi pedir o reembolso da unidade diretamente pela Amazon. Depois das declarações polêmicas, o Presidente Executivo Denis Grisak se defendeu dizendo que "apenas negou o uso de serviços da companhia". Por fim, chegou até a admitir que não foi uma boa ação para o marketing de sua empresa.

A grande pergunta que fica é: Você teria coragem de oferecer a um estranho o controle de um objeto pessoal ou acessório dentro da sua própria casa? Neste caso específico, estamos falando apenas de uma startup que possui um único produto no mercado, mesmo assim de forma geral quem investe em gadgets dessa categoria geralmente têm diversos cômodos da casa com pelo menos algum dispositivo inteligente sempre conectado em servidores de terceiros.

Fica claro aqui que o excesso da dependência de serviços ou produtos conectados pode gerar uma série de situações extremamente desconfortáveis.