Parece que o Facebook não é a única grande empresa de tecnologia que pretende hackear nossos cérebros. A ARM anunciou uma parceria com o Centro de Engenharia Neural Sensorimotora da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, para produzir processadores que podem ser implantados na nossa caixola.

Considerada rival da Intel, a empresa britânica ARM tem como objetivo auxiliar vítimas de paralisia ou de doenças degenerativas do sistema nervoso. Parece nobre a causa, não?

O chip criado deve ser uma interface bidirecional cérebro-computador (BBCI, na sigla em inglês). Isso significa que ele conseguirá traduzir as informações enviadas diretamente do cérebro para outras partes do sistema nervoso e, no futuro, traduzir as informações que o sistema nervoso recebe para o cérebro.

Sim, o sistema da ARM poderá ajudar pessoas com paralisia muscular a se moverem graças a interação proporcionada entre cérebro e membros paralisados. O estudo envolve milhões de libras e não teve prazo divulgado. Envolvido na pesquisa, o cientista Peter Ferguson disse que o chip deve ser muito eficiente. Isto é, consumir pouca energia .

(O chip) precisa ser algo ultra-pequeno e ultra-econômico.

A ARM Holdings, com sede em Cambridge, foi comprada pela japonesa Softbank no ano passado.

Na teoria, isso lembra e muito o exoesqueleto criado pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis, que foi apresentado durante a Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014.

Outra empresa interessada em invadir a massa cinzenta alegando melhoria das condições de vida de pessoas com problemas de saúde é a Neurolink, firma recém-criada por Elon Musk.