08 Julho 2017
O futuro reserva grandes emoções em matéria de baterias. Já existem equipes desenvolvendo uma que funciona a água e pesquisadores que falam em baterias feitas de bactérias. Mas um pessoal que se juntou à Queen Mary University of London e ao Centro de Bioenergia Bristol conseguiu desenvolver um protótipo que meio que junta as duas ideias em uma só, com boa autonomia e matéria prima de sobra, vamos dizer. É uma bateria movida a urina!
Os pesquisadores publicaram um estudo em que dizem ter utilizado células de combustível microbiais para transformar matérias orgânicas em energia por meio de processos biológicos naturais. Utilizando a urina, seria possível criar uma célula com custo estima entre 1 e 2 libras (ou 5 a 10 reais). Assim, seria possível levar energia aos lugares mais remotos do mundo, uma vez que, onde há seres vivos, há urina sendo produzida e expelida.
A energia é gerada com a passagem da urina pela célula combustível, acionando a reação microbial. Segundo os pesquisadores, esta bateria pode gerar até 2 W/m³ de energia, suficiente para carregar um celular comum. E a tecnologia ainda está em desenvolvimento, pois os pesquisadores querem melhorar o design da célula de combustível para otimizar a saída de força, ampliando a eficiência do dispositivo.
Claro que ainda é cedo para dizer que em breve será lançado algum tablet ou smartphone com bateria de urina, mas é uma possibilidade real. A tecnologia poderia baratear bastante a produção dos dispositivos. Mas primeiro elas devem chegar ao mercado em aparelhos que consomem menos energia, isso se realmente começarem a ser fabricadas em grande escala.
E pensar que na escola me ensinaram que o homem não teria combustível suficiente para atravessar todo o século 21 sem sofrer com crise energética. Quem sabe um dia não criemos cidades tão sustentáveis que a energia elétrica é produzida pela urina dos cidadãos? Loucura, talvez. Mas é possível, só não sabemos se é realmente viável.
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