O mundo da tecnologia certamente dá muitas voltas. Uma empresa que hoje está no topo pode estar à beira da falência daqui a apenas alguns anos. Alguns exemplos disso são a Motorola, Nokia e RIM, empresas que já foram sinônimo de prosperidade e acabaram tendo quedas absurdas de vendas. Outro exemplo é a Apple, a empresa da maçã mordida já teve que ser "salva" da falência pela sua maior rival, Microsoft.

Por falar na empresa de Redmond, ela também já passou por situações constrangedoras nesse mercado tão volátil que é o da tecnologia. No ano de 2010, a Microsoft anunciou o lançamento dos seus primeiros celulares, chamados de KIN ONE e KIN TWO. Os aparelho possuíam um design interessante e eram baseados no Windows CE, sendo fabricados pela Sharp. Além do design, eles também tinham algumas funções uteis, como o Kin Loop, nome dado à tela inicial do aparelho, que permitia que o usuário ficasse por dentro do que estivesse acontecendo no Facebook, Twitter e MySpace (sim, as pessoas usavam o MySpace). Os dispositivos contavam ainda com armazenamento na nuvem por meio do KIN Studio e eram sincronizados com o Zune, serviço de música lançado pela Microsoft para tentar competir com o iTunes.

Ambos os modelos eram comercializados pela operadora americana Verizon, sendo que o KIN ONE saía por US$ 50 e o TWO por US$ 100, ambos no plano de contrato de dois anos, o que é estranho, pois a Verizon geralmente só incluía smartphones no seu catálogo.

Porém, as vendas dos aparelhos foram tão baixas que a Microsoft parou de fabricá-los menos de dois meses após entrarem no mercado, além de cancelar o lançamento do aparelho na Europa e fechar todos os projetos relacionados à novos dispositivos da linha. Especula-se que ela tenha vendido cerca de 8.000 unidades no prazo em que manteve as vendas. Segundo informações, a Microsoft teria investido US$ 1 bilhão no projeto KIN, incluindo a compra da companhia Danger em 2008 por algo em torno de US$ 500 milhões.

Na época, Steve Ballmer disse que o lançamento do KIN foi apenas para desviar as atenções do Windows Phone, que foi lançado logo em seguida. O mais interessante nisso tudo é que a antiga equipe de desenvolvimento da linha KIN foi incorporada à equipe responsável pelo novo sistema da Microsoft. [Phone Arena]