04 Maio 2017
Como o primeiro grande lançamento do ano no mercado gamer, a chegada de Resident Evil 7 além do sucesso de vendas e todo hype impressionante, no fim também acaba gerando controvérsia entre os usuários e fãs da saga.
Um dos maiores debates ficou por conta do novo conceito implementado pela Capcom com o jogo, visto que Biohazard difere no tradicional paradigma em terceira pessoa e não traz os icônicos personagens da franquia original, o que compreensível até certo ponto, mas claro, vendo os dois lados da moeda, pois a desenvolvedora japonesa salientou que dessa vez focou no horror ao invés da ação frenética dos três últimos títulos.
Mas além deste pormenor, o nome do jogo veio à tona novamente em uma discussão sobre o sistema por trás da proteção dos direitos do título.
A empresa austríaca Denuvo – que possui uma plataforma homônima antipirataria – sempre aparece em peso quando um título triple-A é lançado no mercado.
Isto porque a tecnologia da companhia é vista como uma das mais respeitadas da geração, que basicamente visa evitar que jogos recém-lançados vazem na Internet, o que obviamente resultaria em um prejuízo significativo para desenvolvedora responsável.
Entretanto, levou apenas cinco dias para que Resident Evil 7 vazasse online em sites de torrent, com uma versão gratuita que foi disseminada em uma velocidade inacreditável. O jogo foi liberado pelo grupo cracker CONSPIR4SY (CPY), que viu “sua obra” atingir um recorde histórico de downloads.
Vale ressaltar, que até agosto de 2016, o Denuvo era considerado invulnerável, mas com a chegada de Rise of the Tomb Raider, demorou apenas alguns meses que a supremacia da plataforma fosse quebrada. A partir daí, o suposto conceito imponente do Denuvo continuou por água abaixo, e como exemplo, podemos citar DOOM, Mirror’s Edge Caralyst, Deus Ex: Mankind Divided e Watch Dogs 2, que são apenas alguns dos exemplos mais notórios que ganharam versões piratas na web.
Para se ter uma ideia, o impacto destes vazamentos foram tão relevantes que a Bethesda se viu obrigada a lançar posteriormente uma versão de DOOM sem o tal “bloqueio”, o mesmo aconteceu com a desenvolvedora dinamarquesa Playdead, responsável por Limbo e Inside.
Em nota, o TorrentFreak salienta que a Denuvo nunca vendeu o software como sendo totalmente protegido, e sim como um “escudo” para proteger o game durante os primeiros meses pós-lançamento, que é o período de maior demanda pelo mesmo.
Muitos afirmam que quando um jogo é pirateado depois disso, o estrago não é tão grande para as desenvolvedoras, mas claro que existem ressalvas.
A grande questão, no entanto, é que agora temos um dos maiores títulos do ano, e possivelmente um forte concorrente como melhor jogo de 2017, liberado gratuitamente na Internet, e as cicatrizes no fim podem ser bem tristes para Capcom.
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