Começando pela embalagem do aparelho, temos uma imagem do A3 XL Max na parte frontal, algumas informações sobre ele nas laterais (como quantidade RAM, armazenamento interno e conjunto de câmeras) e mais alguns detalhes na parte traseira, incluindo a mesma bateria de 3.000 mAh, tela HD de 6 polegadas e Android 7.0 Nougat que temos na versão tradicional.

Abrindo então a caixa, temos o dispositivo logo de cara, sendo essa versão enviada pela Alcatel para nós em preto com cinza, mas ele podendo ser encontrado também em branco com dourado caso desejado.

Dentro da caixa temos os acessórios sem qualquer distinção que não seja suas próprias embalagens em plástico, incluindo: uma película para proteger a tela, que não é de vidro mas já ajuda bastante; carregador de tomada com saída de 1A, que curiosamente não tem o cabo removível; fone de ouvido bem simples, mas que ao menos tem microfone para chamadas; cabo USB com ponta microUSB para transferir dados; e, por fim, toda a papelada que a Alcatel sempre coloca.

Passando então para o A3 XL Max em si, temos um dispositivo feito em plástico com tampa traseira texturizada não-removível, o que ajuda na pegada e ainda passa uma cara mais bacana a ele. Por ter uma tela de 6 polegadas e fartas bordas tanto acima quanto abaixo dela, é inegável que ele é bem grandão, então mesmo que você tenha mãos grandes como é o meu caso provavelmente vai ser mais confortável usar com duas mãos.

Em dimensões, temos 165 mm de altura por 82,5 mm de largura, com 7,9 mm de espessura. Ele não é o mais fino do mundo mas isso acaba ajudando na pegada, e seu peso de 159 gramas evita que ele seja muito desengonçado ou incomode ao ser colocado no bolso.

Na lateral esquerda do aparelho temos as duas portas onde você pode colocar seus chips microSIM, bastando empurrar o pequeno "pontinho" para que a tampa abra. Na outra extremidade fica a gaveta para o cartão microSD de até 32 GB e os botões de volume e energia, ficando na parte de baixo a porta microUSB e o microfone principal para chamadas. Por fim, na parte de cima, temos a entrada P2 para fones de ouvido e mais um microfone para cancelamento de ruído.

Na parte traseira do A3 XL Max ficam a sua câmera principal, um flash LED e a saída de som para multimídia, enquanto na parte da frente temos a câmera frontal, um LED para notificações, outro para selfies e a saída de som para chamadas, bem como as teclas capacitivas de navegação que infelizmente não são retroiluminadas.

No geral, o primeiro contato com o A3 XL Max causa um pouco de medo pelo seu tamanho enorme, mas isso não deve ser problema para quem usa calças e bermudas com bolsos mais largos, exceto é claro para usar o aparelho com só uma mão quando você estiver no ônibus, por exemplo.

Com relação à tela, temos um painel IPS LCD de 6 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao A3 XL Max a densidade aproximada de 245 ppi. Pelo que foi possível notarmos o aparelho entrega bons níveis de contraste e fidelidade de cores, tendo otimizações da tecnologia MiraVision da Mediatek para que as imagens exibidas sejam ainda mais bonitas.

Mesmo assim, temos um brilho bem abaixo de concorrentes e um vidro que reflete bastante o ambiente ao redor, algo especialmente prejudicial em ambientes externos, sendo bem complicado enxergar o conteúdo exibido na tela caso esteja sob exposição solar direta. Em ambientes internos a tela dá conta do recado, mas seu brilho mínimo também não é dos mais baixos, podendo incomodar aos mais sensíveis em locais escuros.

Em números, temos um brilho máximo de 267 lux quando uma imagem branca está sendo exibida, sendo de 6 lux o brilho mínimo com a mesma imagem. Com imagem preta o brilho máximo é de 1 lux, e o mínimo de 0.

Passando para o desempenho, temos um chipset MediaTek MT8735B, com quatro núcleos de processamento a até 1,1 GHz e GPU ARM Mali-T720, além de 3 GB de RAM e 32 GB de espaço interno. Vale notar que o A3 XL tradicional possui 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento, contando então com um desempenho consideravelmente limitado principalmente em multitarefa ou quando a memória interna estiver bem cheia.

Em nosso teste prático o A3 XL Max se saiu muito bem para um modelo de entrada ou intermediário básico, conseguindo concluir a primeira volta com 1 minuto e 46 segundos e levando apenas outros 27 segundos para trazer de volta todos os apps para o primeiro plano, já que não precisou recarregar nenhum deles. Com isso, tivemos um tempo total de 2 minutos e 13 segundos, fazendo dele uma boa opção para quem quer realizar tarefas mais básicas.

Nos testes de benchmark, tivemos:

• AnTuTu: 24.687
• GeekBench: 463/1.221
• GeekBench GPU: 753
• 3D Mark: 74 (Sling Shot Extreme)
• GFX Bench:
  • Manhattan: 3,2/1,5 fps
  • T-Rex: 9/5,2 fps

Nos testes com jogos a coisa já desandou bastante, sendo encontrada uma taxa de quadros por segundo bem abaixo da média na maioria dos títulos, mesmo considerando a faixa de entrada. Isto demonstra que o A3 XL Max é indicado apenas se você quiser jogar jogos bem simples como Candy Crush e Subway Surfers, e não liga tanto assim para um ou outro lag de vez em quando.

Os resultados no teste com jogos foram:

• Asphalt 8: 10 fps/18% da CPU/518 MB de RAM
• Asphalt Xtreme: 27 fps/25% da CPU/496 MB de RAM
• Injustice 2: 9 fps/23% da CPU/658 MB de RAM
• Modern Combat 5: 21 fps/25% da CPU/427 MB de RAM
• Subway Surfers: 38 fps/26% da CPU/276 MB de RAM
• Clash Royale: 37 fps/12% da CPU/292 MB de RAM

Com relação ao software, temos o Android 7.0 Nougat sob a interface da própria Alcatel, que inclui algumas mudanças pontuais em pacotes de ícones, grade de aplicativos e central de notificações, mas não chega a ser tão customizada quanto temos em empresas como Asus, Samsung e LG, por exemplo. As principais mudanças aqui estão mesmo nos apps nativos de galeria e câmera, além de gestos para facilitar a vida do usuário e otimizações para multimídia.

Na parte traseira do A3 XL Max temos uma câmera de 8 megapixels com abertura f/2.4, que é auxiliada por um flash LED único. Já na parte frontal temos um sensor de 5 megapixels com abertura f/2.8, que também conta com um flash LED único para ajudar em ambientes escuros.

O software de câmera é basicamente o mesmo que vimos no A5 LED, incluindo alguns modos de uso bacanas e filtros para tornar suas fotos mais divertidas, sendo os mais legais deles provavelmente o modo de colagem instantânea, que funciona basicamente da mesma forma que vimos no LG G6, e o uso de máscaras para seu rosto como temos no Snapchat e Insta Stories, que só funcionam na vertical. Caso desejado, ele possui ainda um modo manual para ajustes mais precisos.

Em nosso comparativo às cegas o A3 XL Max surpreendeu, pois mesmo contando com especificações teoricamente inferiores a alguns rivais ele acumulou a maior quantidade de pontos, superando Moto E4, Vibe K6 e Galaxy J5 Metal. Isto se deu principalmente pela sua consistência em fotos nos ambientes ensolarados, entregando bom alcance dinâmico, nível de detalhes aceitável e cores balanceadas.

Já em locais internos as coisas mudam de figura, com um nível considerável de ruído aparente, o que se torna ainda mais visível em ambientes escuros e é enfatizado por um balanço de branco não tão eficaz, fazendo com que muitas vezes as cores acabem saindo do controle. Nas selfies temos um nível baixo de ruído em locais internos, que pode ser reduzido ainda mais com o uso do flash.

O grande ponto negativo do A3 XL Max para filmagens fica na gravação de vídeos, sendo alcançada apenas a resolução HD em 720p e com uma qualidade quase que impraticável mesmo em locais com luz em abundância, seja com a câmera principal ou com a frontal.

Eis que chegamos ao grande ponto fraco do A3 XL Max: sua bateria. Os 3.000 mAh incluídos pela Alcatel no aparelho renderam bem menos do que o esperado em nossos testes, demonstrando que dificilmente você conseguirá passar o dia inteiro longe da tomada caso possua um padrão de uso um pouco acima do moderado, sendo alcançados apenas seis ciclos de nosso teste prático com cerca de 10 horas de uso e 4 horas e meia de tela ativa no período.

Outro ponto que deixa a desejar é o tempo de carregamento, já que o fraco carregador de 1A entregue pela Alcatel na caixa do aparelho precisa de quase 3 horas para preencher completamente a bateria, o que significa que pequenas cargas rápidas no decorrer do dia não serão tão eficazes quanto se deseja.

Em resumo, tivemos:

• O carregador padrão de 1A demora 2 horas e 56 minutos para encher totalmente a bateria de 3.000mAh.
• Após uma hora conectado à tomada o aparelho é recarregado cerca de 35%.
• Foram necessárias aproximadamente 10 horas e 07 minutos para fazer a bateria do aparelho atingir um nível crítico, com o brilho da tela em 200 lux durante todo o tempo.
• A tela permaneceu ligada por 4 horas e 34 minutos no período.
• Neste período foram feitas ligações que totalizaram 24 minutos.
• Realizamos 6 ciclos de testes que incluíram:
  • 36 minutos de navegação no Chrome;
  • 180 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (36 minutos cada);
  • 36 minutos de jogos, 6 minutos cada: Pokémon Go, Subway Surfers, Modern Combat 5, Asphalt 8, Candy Crush e Injustice;
  • 36 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (12 minutos cada);
  • 24 minutos de chamadas de voz via 3G;
• Temperatura da bateria ficou entre 25 e 35°C.
• O app que mais consumiu bateria foi o Chrome
• O app que menos consumiu bateria foi o Pokémon Go.

Pontos fortes

• Bom desempenho para multitarefa;
• Tela grande;
• Flash LED frontal;
• Câmeras de boa qualidade;
• Slots separados para chips SIM e cartão microSD.

Pontos fracos

• Desempenho abaixo da média para jogos;
• Tela com brilho baixo e vidro altamente reflexivo;
• Bateria fraca;
• Falta de retro-iluminação nos botões capacitivos;
• Áudio para multimídia baixo e mal posicionado;
• Falta de leitor biométrico.