Em evento online realizado nesta terça-feira (17), com presença do TudoCelular, a Dell revelou os resultados do seu estudo Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020 (DT Index 2020). De acordo com o levantamento – que está em sua terceira edição e é realizado pela Vanson Bourne –, a pandemia do novo coronavírus tem impulsionado a prática no Brasil.

Os principais resultados do índice mostram que 87,5% das empresas instaladas no Brasil fizeram alguma iniciativa voltada à transformação digital ao longo deste ano. O número ficou acima da média mundial, que é de 80%.

Outro dado apresenta que 92% das companhias têm reinventado o modelo de negócio, devido ao cenário gerado pela Covid-19. Mesmo assim, 45% possuem uma preocupação de que a mudança ainda não seja rápida o suficiente. Já 27,5% temem não conseguir sobreviver aos próximos dois anos. Por outro lado, 67,5% não acham que vão fechar, mas entendem que perderão postos de trabalho e precisarão de anos para voltar a ter lucros.

Um indicador revela que 58% das empresas instaladas no país admitem ter feito pouco progresso nesse sentido, apesar de 42% entenderem que aceleraram todos ou a maioria dos projetos de transformação digital.

As iniciativas mais relevantes incluem priorizar investimentos em soluções para o trabalho remoto e home office (58,3%), reinventar a forma de entregar produtos e serviços para clientes e colaboradores (44,6%) e aumentar os esforços para evitar ataques cibernéticos (40,6%).

“Os dados de Brasil do DT Index confirmam a percepção de que a pandemia acelerou as iniciativas voltadas à transformação digital dos negócios e tem exigido que as empresas repensem os investimentos em tecnologia. Mais do que nunca, ter uma infraestrutura de TI moderna e escalável passou a ser uma condição essencial para que as empresas sobrevivam ao cenário de pandemia e, principalmente, tenham sucesso de médio e longo prazos.”

Diego Puerta

Líder da Dell Technologies

A prioridade das companhias brasileiras nos investimentos em TI ligados à transformação digital está em cibersegurança e privacidade (66%), muito provavelmente por ser um tema de grande relevância, devido ao aumento de ciberataques ao longo dos últimos meses e da chegada da LGPD como lei vigente.

Na sequência, outras três categorias aparecem empatadas, com 65,5%: análise e gestão de dados, ambiente de trabalho digital e serviços digitais sob demanda.

Já para o futuro, nos próximos três anos, a maioria das empresas instaladas em solo brasileiro (53%) colocaram novas tecnologias como principais focos de investimentos.

Entre as citadas pela maioria das organizações, estavam a preparação para a chegada da rede 5G e o ambiente multicloud.

Apesar de ter se tornado uma necessidade em meio à pandemia do coronavírus, a transformação digital ainda demanda algumas barreiras às empresas no país. 95,5% apontam enfrentar esses obstáculos para a evolução nos processos de digitalização.

Os principais desafios incluem: falta de crescimento econômico (34,5%); incapacidade de extrair informações importantes dos dados (33%); preocupações com privacidade e cibersegurança (28%); falta de recursos e orçamento (28%); e regulamentação ou mudanças nas leis (27,5%).

Puerta ressalta que muitos desses itens, na prática, não deveriam ser grandes barreiras, mas sim oportunidades para acelerar ainda mais a transformação digital.

O DT Index, desde suas edições anteriores, classifica as empresas consultadas em cinco grandes grupos, conforme a evolução na incorporação dos principais atributos de um negócio digital, estratégia de TI existente, estratégia de transformação da força de trabalho e investimentos planejados para os próximos cinco anos.

As divisões são: Retardatárias Digitais, Seguidoras Digitais, Avaliadoras Digitais, Adotantes Digitais e Líderes Digitais. Segundo os dados observados a nível Brasil, o país teve uma queda entre os Líderes Digitais, os quais são aqueles que a transformação digital já está enraizada no DNA do negócio. De 12% em 2016, passou para 6% em 2018 e caiu a 4% neste ano.

Por outro lado, foi possível observar que o segundo e o terceiro graus de maturidade – Adotantes e Avaliadoras, respectivamente – passaram a concentrar 87% do total de companhias entrevistadas em 2020.

Isso significa um avanço naquelas empresas ainda não passavam pelo processo e um investimento contínuo para o futuro.

O levantamento DT Index 2020 foi realizado entre os meses de julho e agosto de 2020, com um total de 4,3 mil líderes de médias e grandes empresas independentes em 18 países do mundo, dos quais 200 executivos atuam com negócios no Brasil.

Qual é a sua avaliação sobre a pesquisa revelada pela Dell a respeito da transformação digital a nível nacional? Comente conosco!