Android 03 Out
Já comentamos que ultimamente o YouTube tem adotado diversas medidas que estão prejudicando os criadores de conteúdo, e pelo que parece, a polêmica não parou por aí.
O app, que começou a testar novos recursos no Android, protagonizou mais um escândalo, dessa vez, proibindo a monetização de um vídeo voltado à caridade.
Estamos falando do conteúdo publicado por Casey Neistat sobre o massacre que ocorreu em Las Vegas há alguns dias (algo que também rendeu várias Fake News no Facebook e Google).
O famoso YouTuber havia publicado o vídeo com intuito de ajudar as vítimas do tiroteio, que deixou cerca de 500 feridos e matou mais de 50 pessoas.
Nele, Neistat comenta sobre uma campanha de arrecadação de fundos que ele mesmo montou, e pede que seus inscritos façam doações à causa, ressaltando que todo o dinheiro seria gerado com o vídeo será encaminhado às famílias das vítimas:
O conteúdo acima não traz imagens fortes ou cenas de violência, algo que em tese deveria poder receber monetização no YouTube, mas mesmo assim, o site impediu que ele pudesse gerar receita com propagandas.
O YouTuber ficou revoltado com a decisão da plataforma, e manifestou sua instatisfação através do Twitter, onde, inclusive, recebeu uma resposta direta do YouTube, como podemos ver abaixo:
We ❤️ what you're doing to help, but no matter the intent, our policy is to not run ads on videos about tragedies.
— Team YouTube (@TeamYouTube) 5 de outubro de 2017
Nas mensagem acima lemos algo como: "literalmente um video sobre caridade... onde eu afirmo que todo o Adsense será doado para a caridade... o YouTube diz que NÃO É QUALIFICADO PARA PUBLICIDADE".
Na resposta do YouTube: "Nós ❤ o que você está fazendo para ajudar, mas não importa a intenção, nossa política é de não veicular anúncios em vídeos sobre tragédias".
A proibição de publicidade em vídeos sobre tragédias é algo compreensível por parte do YouTube — afinal de contas, não há como controlar a publicidade veiculada no vídeo, que pode acabar associando 'sem querer' uma marca/serviço ao incidente.
Contudo, não há como negar que a empresa deveria ser mais maleável quando se trata de algo que envolve caridade, pois é como diz o ditado: 'para toda regra existe uma exceção'.
Dando 'um tapa de luva' na plataforma, outro YouTuber chamado Phillip Trevor tuitou mostrando que há possibilidade do YouTube monetizar sim um vídeo falando sobre a tragédia.
Em sua mensagem ele divulgou capturas de tela de outro vídeo onde o apresentador Jimmy Kimmel falava sobre o caso, e nele haviam propagandas (portanto, a monetização estava ativa):
Dear @YouTube @TeamYouTube,
— Philip DeFranco (@PhillyD) 6 de outubro de 2017
Your response is bullshit. It's not true. People are tired this. Be better. pic.twitter.com/XWh6eMVQWG
O tuíte acima diz algo como "sua resposta é uma baboseira. Não é verdade. As pessoas estão cansadas disso. Melhore."
A boa notícia é que apesar de toda a polêmica e injustiça, a campanha conseguiu arrecadar US$280 mil (mais de R$880 mil) para as famílias das vítimas, dos quais, segundo o YouTuber responsável, US$250 mil em doações chegaram nos primeiros dois dias.
Mas e você, caro leitor, o que acha da decisão do YouTube de permanecer irredutível quanto à veiculação de anúncios em vídeos de caridade? Compartilhe sua opinião com o TudoCelular através do espaço abaixo destinado a comentários.
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