Apple 09 Nov
A indústria mobile pulou de cabeça na tendência dos phablets, oferecendo cada vez menos opções para aqueles que buscam dispositivos com telas menores — e pelo que parece, isso poderá ficar ficar ainda mais evidente nos próximos anos.
De acordo com um relatório recém-publicado pela IDC, até 2019 os smartphones com telas maiores deverão 'engolir' a venda dos dispositivos menores.
Quando paramos para analisar os comportamentos de compra mais recentes, a previsão já começa a fazer sentido. No caso do iPhone 8, por exemplo, já vimos que o modelo 'Plus' acabou tornando-se bem mais popular do que a variante com 4,7".
Atualmente, quase todas as fabricantes oferecem uma versão maior (Plus, "+" ou XL) para seus modelos, e isso pode ser encarado como uma resposta direta à crescente demanda por esse tipo de dispositivo.
Em outras palavras, cada vez mais pessoas estão dispostas a sacrificar o espaço em seus bolsos por uma tela maior, afinal de contas, quando se trata de consumo de conteúdo, os phablets são, sem sombra de dúvidas, uma preferência.
A tendência borderless é outro grande fator que colabora para o crescimento da popularização dos phablets; o iPhone X, por exemplo, trouxe uma tela de 5,8", em comparação ao painel de 5,5" encontrado no iPhone 8 Plus.
De acordo com o IDC, o caríssimo top de linha da Apple, em conjunto com o mais recente modelo Plus da marca, protagonizaram impressionantes 41,2% das vendas para a nova coleção lançada em 2017.
Sobre o fenômeno, Ryan Reith da IDC discorre:
"Em 2012, phablets contavam apenas 1% das vendas, e agora, eles aproximam-se dos 50%, apenas poucos anos depois.
A rápida transição para smartphones sem borda ajudará a minimizar o tamanho físico enquanto aumentará o tamanho da tela comparado a gerações passadas."
O IDC também prevê que a indústria de smartphones crescerá ainda mais, algo que não chega exatamente como uma surpresa, vendo que as fabricantes buscam produzir dispositivos com custo-benefício cada vez melhor e preços mais acessíveis, o que estimula a compra até mesmo por quem possui poucas condições financeiras.
Em relação ao sistema operacional, a firma sugere que o Android, que atualmente detém 85,1% de participação de mercado, continuará à frente da concorrência nos próximos anos.
Uma mudança curiosa é que ao mesmo tempo que tornam-se mais acessíveis, os smartphones também ficam mais caros.
O preço para os tops de linha atuais já ultrapassa US$850, beirando os US$1000 (ótimos exemplos são o iPhone X e o Galaxy Note 8), e pelo visto, isso também deve se tornar uma tendência no futuro.
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