Os recém-lançados Galaxy S9 e S9 Plus trouxeram consigo pouquíssimas mudanças de design em relação aos modelos top de linha da Samsung lançados no começo do ano passado, o S8 e S8 Plus – é tanto que eles ainda são compatíveis com o Gear VR lançado em 2017.

Apesar de incluir novos hardware em tecnologias em seus flagships atuais, a Sammy aparentemente optou por manter uma abordagem similar ao S8 no quesito reconhecimento facial, o que faz com que, por exemplo, ele não seja tão seguro ainda como o do iPhone X (não é à toa que ele não pode ser usado para autenticar pagamentos na Google Play Store).

Para seus novos portáteis a Samsung resolveu implementar um 'misto' de tecnologias, quando utilizando a biometria. Nos momentos onde a identificação facial falhar (seja por conta de condições de luz ou outro fator), o scanner de íris entrará em ação, e vice-versa.

Por ainda utilizar uma solução que escaneia o rosto do usuário em 2D, o sensor de reconhecimento facial do S9, por mais que tenha sido aprimorado, ainda não consegue oferecer o mesmo nível de segurança do Face ID da Apple, com sua complexa estrutura de pontos criada por infravermelho.

Em outras palavras, apesar de nada ter sido comprovado ainda, pode ser possível que, do mesmo jeito que o leitor do Galaxy S8 foi burlado, o do S9 também seja.

Para usar o Samsung Pass, o leitor de íris pode ser utilizado (tanto sozinho quanto em combinação com o leitor facial), mas o facial não, e por motivos óbvios.

Na autenticação de pagamentos nenhum dos dois leitores (íris ou facial) pode ser usado, obrigando o usuário a utilizar um PIN e leitor de impressões digitais para confirmar o pagamento.

Isso tem uma razão de ser, segundo Richard Hayton, CTO da Trustonic – empresa que trabalhou em conjunto com a Samsung para recursos de biometria em apps como, por exemplo, o Samsung Pay:

"Enquanto desbloqueando meu telefone, se eles combinam múltiplas técnicas para tornar as coisas mais rápidas, isso é uma ótima notícia. Mas não significa que eu me sinta da mesma forma quando falamos da segurança de pagamentos."

Em outras palavras, a combinação das tecnologias de reconhecimento facial e leitura de íris foi, na verdade, mais uma conveniência do que um 'reforço de segurança' propriamente dito.