A Samsung anunciou hoje o Galaxy S7, seu mais novo smartphone topo de linha. O aparelho segue o padrão visual de seu antecessor, porém conta com uma série de otimizações que certamente chamam a atenção, o que nos faz pensar em algo como a Apple faz com sua linha iPhone. Como sempre, resolvemos separar nosso comparativo para vermos se as mudanças feitas pela sul-coreana foram suficientes para fazer com que valha a pena realizar o upgrade do Galaxy S6 para o modelo mais novo, buscando assim ajudar muitos que devem estar com esta dúvida.

Display

A Samsung manteve a resolução Quad HD encontrada em seu flagship anterior e também a dimensão de 5,1 polegadas, o que significa que teremos a mesma densidade de pixels em ambos os modelos. Ainda assim, a nova tela utilizada pela sul-coreana está longe de ser a mesma do Galaxy S6, já que foi adicionada uma tecnologia que a permite "sentir" a pressão exercida pelo usuário e passar estas informações ao sistema, possibilitando que ações possam ser realizadas de acordo com a força do toque, algo como temos no 3D Touch da Apple.

Processamento e armazenamento

Ao contrário do que vimos no modelo anterior, a Samsung resolveu voltar com sua parceria com a Qualcomm no Galaxy S7, disponibilizando versões do aparelho com o Exynos 8890 de fabricação própria e com o Snapdragon 820 da gigante estadunidense. Com isso, é preciso esperarmos para vermos qual das versões será lançada em território brasileiro para sabermos o real ganho de desempenho em relação ao Galaxy S6, já que testes preliminares apontam para vitória do Exynos sobre o Snapdragon em termos de CPU e derrota em GPU, mesmo que a diferença seja mínima em ambos os casos.

Além disso, a Samsung decidiu por inserir seu novo módulo de RAM LPDDR4 de 4GB no Galaxy S7, algo que deve aumentar consideravelmente o seu desempenho em produtividade se comparado ao que tínhamos em seu antecessor. Algo que deve interessar muito mais aos usuários, contudo, é a volta da possibilidade de expansão de armazenamento via cartão microSD, permitindo assim que você adquira um modelo mais barato e aumente seu armazenamento com o componente.

Bateria

A Samsung resolveu aumentar consideravelmente a capacidade máxima da bateria em relação ao que vimos no Galaxy S6 (3.000mAh contra 2.550mAh), procurando assim fazer com que os usuários deixem de sentir falta da possibilidade de remover o componente. Com esta novidade aliada às otimizações realizadas pela companhia em seu hardware e software, é provável que tenhamos uma autonomia realmente considerável no novo flagship, fazendo com que seja possível utilizá-lo por um longo tempo antes de procurar por uma tomada.

Vale lembrar ainda que foram mantidas as tecnologias de carregamento rápido e wireless, permitindo que os usuários escolham a melhor forma de recarregar a bateria quando necessário. De acordo com a Samsung, ambas as tecnologias receberam bastante atenção, fazendo com que seja necessário um curto espaço de tempo para que a bateria seja totalmente carregada.

Câmeras

Este é outro ponto que passou por bastante atenção por parte da Samsung, sendo substituído o sensor ISOCELL da geração anterior pelo inédito BRITECELL. Ao olharmos que a quantidade máxima de megapixels capturada pelo sensor diminuiu, muitos podem achar que a qualidade geral das imagens capturadas também foi reduzida, porém com todo o conjunto inserido pela sul-coreana é possível vermos que não é este o caso. Além de uma abertura maior para as lentes (passam de f/1.9 para f/1.7) temos agora um sensor maior (1/2.6") e pixels maiores (1.4 mícrons contra 1.12 mícrons), permitindo assim que mais informações sejam capturadas pela câmera, algo especialmente útil em ambientes de baixa luminosidade.

Na parte das selfies, tivemos uma escolha mais convencional, com a quantidade máxima de megapixels sendo aumentada de 5 para 8 megapixels enquanto as demais características foram mantidas, incluindo a abertura de f/1.9 responsável por ótimas fotos em ambientes noturnos e as lentes grande-angulares para que mais pessoas caibam na imagem, evitando a necessidade do uso de acessórios como o incômodo "pau de selfie".

Software

A TouchWiz sempre foi um ponto polêmico dos dispositivos da Samsung, sendo amada por muitos e odiada por tantos outros. Na nova versão da interface customizada com base no Android 6.0 Marshmallow, a sul-coreana inseriu diversas otimizações que prometem acabar com os problemas de consumo excessivo de recursos visto anteriormente, procurando assim acabar com a fama de "faminta por RAM" que ela adquiriu ao longo dos anos.

Além disso, temos a chegada do modo Always On para o display, que exibirá informações de acordo com o desejo do usuário, permitindo que sejam visualizados itens como horário, notificações ou até mesmo calendário. Vale lembrar que por possuir uma tela Super AMOLED o gasto energético com este tipo de função é praticamente nulo, sendo muito inferior ao que temos quando ela é utilizada em telas IPS LCD, por exemplo.

Design

Aqui temos poucas mas importantes mudanças. Apesar de visualmente o Galaxy S7 ser praticamente idêntico ao seu antecessor, temos a adição de pequenos componentes internos que protegem o dispositivo contra danos causados por água e poeira, fazendo assim com que ele seja capaz de ostentar a certificação de resistência IP68. Com isso, a Samsung risca mais uma crítica da lista de pontos vistos no Galaxy S6 que desagradaram aos usuários, já que uma certificação semelhante era encontrada no Galaxy S5 e foi retirada em seu sucessor.

Preço e disponibilidade

Ainda não há informações sobre quando o Galaxy S7 chegará ao Brasil, porém sua comercialização a nível global será iniciada no dia 21 de março, o que significa que poderemos vê-lo por aqui já nesta data ou poucos dias depois, já que a Samsung sempre deu uma grande atenção ao nosso país em termos de disponibilidade de seus produtos. Em relação ao preço, as diferentes variantes do novo flagship custarão:

Galaxy S7 32GB - US$ 649
Galaxy S7 64GB - US$ 749
Galaxy S7 128GB - US$ 849

Para quem não sabe, este é o mesmo valor cobrado pelo Galaxy S6 em seu lançamento internacional, o que significaria que veríamos o novo modelo por aqui com um preço semelhante caso o Dólar não tivesse subido tanto desde o início de 2015. Em relação ao Galaxy S6, é possível encontrar o aparelho por algo próximo dos R$ 2 mil atualmente, o que significa que ele custará quase metade do valor cobrado por seu sucessor quando o mesmo desembarcar no Brasil.

Conclusão

Como podemos ver, apesar de visualmente semelhantes ambos os aparelhos contam com muitas diferenças em termos de funcionalidades, sendo recomendado que você analise quais as suas prioridades para definir se vale a pena ou não comprar o novo modelo. Caso você ainda não possua o Galaxy S6 e queira um novo dispositivo topo de linha, certamente é recomendado aguardar pelo lançamento do Galaxy S7 em solo brasileiro antes de decidir pela compra, já que assim poderá pegar o aparelho em mãos e também aproveitar dos descontos dados pela versão mais antiga.

• O Samsung Galaxy S7 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O Samsung Galaxy S6 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.