
26 Maio 2016
06 de maio de 2016 113
Depois de várias promessas, a Xiaomi iniciou a venda de smartphones no Brasil em 2015. A empresa lançou poucas novidades por aqui, deixando seus principais produtos de fora do nosso mercado. A pior parte é que a fabricante chinesa vem enfrentando dificuldades com uma produção paralisada, além de vendas abaixo do esperado, o que pode acarretar na possibilidade de a mesma encerrar as suas atividades em solo brasileiro.
As vendas mensais de smartphones estariam na casa das 10 mil unidades – um valor irrisório diante de correntes de peso como Samsung, LG e Motorola. De acordo com o IDC foram vendidos 47 milhões de smartphones no Brasil em 2015, ou 3,9 milhões por mês em média. Talvez a estratégia da empresa em implementar por aqui uma prática bem-sucedida na China não tenha dado certo. Do outro lado do mundo a empresa usa “vendas relâmpago” para liberar um lote limitado de seus produtos. Com isso, os consumidores precisam ficar atentos para a liberação de compra que geralmente dura poucas horas, mas eficiente o bastante para zerar o estoque.
Mesmo com o Redmi 2 chegando por R$ 499 em seu lançamento, um preço interessante diante dos concorrentes, a falta de algumas opções de pagamento como o boleto aparentemente deve ter contribuído para um menor número de vendas. Tentando reverter o quadro, Xiaomi realizou algumas parcerias, como a operadora Vivo, para vender smartphones diretamente nas lojas da companhia. Hoje já é possível encontrar o Redmi 2 em várias lojas do varejo, mas a busca pelo produto da fabricante chinesa ainda segue em baixa – de acordo com informações reveladas pelo site Manual do usuário.
A parte mais crítica vem da Foxconn de Jundaí, que teria encerrado a produção do Redmi 2 Pro há meses, devido ao estoque está totalmente parado. Até foi comentado que funcionários da Xiaomi nem estariam mais comparecendo diariamente ao trabalho, o que pode indicar que a empresa precisará fazer algumas mudanças para evitar grandes prejuízos. E para piorar ainda mais a situação, a Mi Power Bank, que não é fabricada no Brasil, conta com classificação irregular pela Anatel, o que acabou gerando uma grande multa dada pela Receita Federal. Sem falar que várias unidades desta bateria externa estariam com defeitos de vazamento, o que acabou forçando a suspensão da venda da Power Bank por aqui.
Na imagem acima vemos que vários produtos da Xiaomi se encontram em situação irregular. O Redmi Note 4G está suspenso pela Anatel. A Mi Band conta com regularização indeterminada, o mesmo para o Redmi 2 e 2 Pro. Já a Mi Power Bank está com suas vendas totalmente suspensas. A situação da empresa realmente é complicada por aqui. Mas parece que Xiaomi nega que a situação seja tão crítica.
O site Manual do usuário entrou em contato com assessoria da fabricante para entender qual a real situação da empresa no Brasil. Xiaomi deu a seguinte resposta:
“Tomamos as decisões a respeito de nossos produtos disponíveis no Brasil de acordo com cada um dos modelos e itens do portfólio — até porque, como você tem acompanhado, os incentivos fiscais oferecidos no Brasil para a produção local ainda estão em discussão, sem uma decisão final concreta. Ou seja, não necessariamente o próximo produto do nosso portfólio será montado no Brasil. A família Redmi 2 é montada no Brasil, mas o Mi Power Bank, por exemplo, foi integralmente importado.”
Sobre a possível saída da empresa do nosso mercado, Xiaomi apenas comentou de forma bem vaga sem confirmar nenhumas das alegações acima:
“A informação não procede. Estamos inclusive expandindo os canais através dos quais vendemos nossos produtos, vide as parcerias com Walmart, CNOVA, Webfones, etc.”
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