Desde que uma falha de segurança foi descoberta na rede do navegador Tor, pesquisadores começaram a buscar uma alternativa para a rede de anonimato na internet. Quase um ano depois, um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, em conjunto com pesquisadores da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), da França, descobriram uma técnica que, além de mais segura, é mais confiável.

Eles nomearam a rede Riffle, e prometem que ela consome a banda larga de maneira mais eficiente que todas as antecessoras ao guardar a identidade do usuário. Assim como o Tor, essa técnica também utiliza camadas, embaralhando as informações e enviando por vários servidores diferentes, no que é conhecida como mixnet. No entanto, na Riffle, apenas o útlimo consegue a chave para codificar a mensagem criptografada.

Os pesquisadores garantem que o anonimato dos usuários é garantido mesmo que haja invasões a servidores. Enquanto um deles continuar funcionando sem ser comprometido, os dados continuarão seguros e inacessíveis para qualquer um que não seja o destinatário original. Resumindo, a mensagem é criptografada e embaralhada ao ser enviada, e apenas o servidor de destino pode reordenar as informações e abrir a mensagem.

Apesar de ser uma técnica aparentemente bastante complexa, ela é capaz de transferir os dados de maneira mais rápida do que outras redes de anonimato fazem hoje em dia. De aordo com os pesquisadores do MIT e da EPFL, a Riffle leva um décimo do tempo que as concorrentes para criptografar, embaralhar, enviar e desfazer o processo no destino.

A ideia das mixnets está por aí há bastante tempo, mas infelizmente elas sempre dependeram da criptografia de chave pública e das técnicas de chave pública, o que é bastante caro. Uma das contribuições deste trabalho é que ele mostrou como usar técnicas de chave simétrica mais eficazes para alcançar o mesmo objetivo", esclareceu o diretor do Centro de Cibersegurança de Maryland e professor de ciência da computação, Jonathan Katz.

A Riffle ainda vai demorar algum tempo para se tornar realidade para todos. O estudo será apresentado em um simpósio ainda em julho, e só depois deve começar o desenvolvimento de toda a estrutura necessária para que ela funcione.