Huawei é dona da HiSilicon, empresa chinesa em cargo do desenvolvimento e fabricação dos chipsets da linha Kirin. Nesta quarta-feira, 19 de outubro, ambas se juntaram para apresentar uma novidade que promete acirrar ainda mais a disputa no mercado elitizado de telefonia móvel, o Kirin 960, uma peça verdadeiramente de ponta.

O mais recente chipset da gigante da China possui características capazes de agradar até mesmo o mais exigente dos clientes, oferecendo um processador de oito núcleos com o poder nas alturas e uma placa gráfica equivalente, rodando jogos e demais apps em três dimensões de forma exemplar. Isso tudo na mais alta tecnologia da ARM.

Para construir um componente capaz de colocar em cheque a dominância da Qualcomm, Samsung e MediaTek no mercado, Huawei se apoiou no novíssimo núcleo ARM Cortex-A73, jamais utilizado em um telefone. A fim de equilibrar o uso e economizar energia da bateria, os núcleos ARM Cortex-A53, focados em eficiência, também estão presentes. Saiba os detalhes abaixo.

Huawei Kirin 960

O processador do Kirin 960 possui oito núcleos em 16 nanômetros. Quatro deles possuem arquitetura ARM Cortex-A73, a tecnologia mais recente do setor de dispositivos portáteis. Eles usam mais energia com o objetivo de realizarem tarefas pesadas, conseguindo fazer crescer o desempenho do aparelho que utilizar a peça como seu “cérebro digital”.

Equilibrando o cenário, os outros quatro núcleos são da linha ARM Cortex-A53. Por utilizarem menos carga da bateria, eles são incapazes de concluir ações pesadas, entrando em cena apenas quando serviços mais leves são necessários. A divisão de trabalho entre os núcleos da CPU faz com que a autonomia do celular aumente consideravelmente.

Os suportes incluem UFS 2.1, tecnologia de armazenamento, e memória LPDDR4. Isto significa que há dois gêneros distintos de velocidades no modelo, o primeiro dizendo respeito à leitura e gravação de arquivos salvos pelo próprio usuário, enquanto o segundo trata de informações temporárias que precisam ser administradas pelo sistema operacional.

A placa gráfica mais poderosa em um smartphone

Talvez o que mais chame a atenção no Huawei Kirin 960 seja a sua placa gráfica. Com o nome de ARM Mali-G71, ela é considerada a mais veloz e confiável de todo o mercado de telefonia móvel. Compatível com a Vulkan e OpenGL ES 3.2, capazes de permitir um gráfico incrível em jogos e outras plataformas, a GPU é quase duas vezes melhor do que a do Samsung Galaxy S7, Mali-T880 MP12.

Por meio da novíssima arquitetura da ARM, Bifrost, conteúdos em 4K e experiências de realidade aumentada não serão dificuldades para os telefones que usarem o chipset. Também feita em 16 nanômetros, ela promove uma taxa de transferência de 27.2Gpix/s (gigapixel por segundo), dobrando o número da Mali-T880.

Huawei Mate 9

É possível que o primeiro aparelho a utilizar o Huawei Kirin 960 seja o Mate 9. Com isso, além de oferecer um poder sem igual de processamento escalonado e gráfico, o modelo também pode ser o terceiro a ser compatível com o Daydream, seguindo o Pixel e o Pixel XL, feitos pela Google em parceria com a HTC.

Huawei realizará um evento especial no dia 3 de novembro, onde deve apresentar o Mate 9, então fique ligado para saber o que está por vir das mãos da empresa chinesa.