
Android 18 Jan
20 de fevereiro de 2017 19
Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky, falou sobre a legislação do setor de mídia que, segundo ele, é antiquada e terá de mudar para se adaptar à realidade do mercado, e aproveitou para reclamar da desigualdade tributária em relação à Netflix.
Isso porque a AT&T, detentora de 93% do capital da Sky, pode adquirir a Time Warner, dona de canais como HBO e Warner. Mas no Brasil, um mesmo grupo é proibido de produzir e distribuir conteúdo. Para mostrar que a legislação é atrasada, Baptista cita a Netflix.
A Netflix, por exemplo, produz conteúdo e entrega na sua casa. Quando a lei foi criada, não havia Netflix, mas hoje é uma realidade
Sua preocupação é de que no futuro as diferenças nas regras para a Netflix e os canais gerem assimetrias. Para ele, "o mundo está se movendo mais rápido que as instituições" e, por isso espera que "as regras sejam aplicadas a todos".
Especificamente sobre a tributação, o presidente da Sky reclama que as autoridades não cobram da Netflix o que é cobrado de sua empresa.
[A Netflix] tem milhões de assinantes aqui, mas nenhuma autoridade cobra deles o que nos cobram, ISS, ICMS. O argumento é que não há mercadoria circulante. E meu satélite circula, por acaso?
No final do ano passado, a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box mostrou que entre os meses de abril e novembro de 2016 o número de assinaturas de serviços streaming via smartphone subiu de 19% para 40%, enquanto o número de assinantes de TV a cabo voltou a cair, atingindo o mesmo patamar de 2013.
Para Baptista, a queda de seu setor está mais relacionada à crise econômica do que à rivalidade com plataformas como a Netflix. Ele acredita que o streaming não matará a televisão por assinatura. "Você não vê futebol ou shows ao vivo na Netflix."
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