
Curiosidade 15 Fev
16 de fevereiro de 2018 4
A Unilever, um dos maiores conglomerados do mundo, está ameaçando retirar todos os anúncios de seus produtos do Facebook e do Google. A informação vem em um momento no qual algumas empresas estão abandonando a rede social de Mark Zuckerberg, sendo que recentemente nós mostramos o caso da Folha de São Paulo.
De acordo com informações reveladas pelo TechCrunch, a empresa considera que o conteúdo disponibilizado na rede social é tóxico, sendo que nem ela e nem o Google estão fazendo o suficiente para policiar conteúdo extremista e ilegal que cria divisões na sociedade.
Keith Weed, CMO da Unilever, foi direto ao ponto e aponta que a empresa quer fazer investimentos e parcerias apenas com plataformas responsáveis:
É algo crítico que nossas marcas continuem não apenas em um ambiente saudável, mas um ambiente que faça sentido. A Unilever, como anunciante confiável, não quer anunciar em plataformas que não contribuam positivamente para a sociedade
Ele também apontou que seus consumidores estão preocupados com o que anda acontecendo no Facebook e na internet como um todo. Ele cita como exemplo o fato de propagandas da empresa aparecerem ao lado de conteúdo terrorista:
2018 é o ano da 'techlash', onde o mundo se vira para os gigantes da tecnologia ou o ano da confiança. O ano em que reconstruímos coletivamente a confiança nos nossos sistemas e em nossa sociedade. As pessoas estão preocupadas com práticas fraudulentas, notícias falsas e russos que influenciam as eleições dos EUA
O diretor também apontou que a Unilever está empenhada em enfrentar os esteriótipos de gênero na publicidade e que é preciso melhorar a confiança no mundo online:
precisamos redefinir o que é um negócio responsável na era digital, porque, por tudo o que as empresas de tecnologia estão fazendo, há algumas consequências não desejadas que agora precisam ser abordadas e priorizaremos nosso investimento para ajudar a concentrar isso
A Unilever investe cerca de US$ 9 bilhões (R$ 29 bilhões) anuais com propaganda, um valor que pode representar uma bela queda nas receitas do Facebook e da Google. Por conta disso, a empresa anunciou três pontos que serão levados em consideração para novos anúncios na web:
- Não investir em "plataformas ou ambientes que não protejam nossos filhos, ou que criem divisão na sociedade e promovam o ódio", priorizando "investir apenas em plataformas responsáveis que se comprometam a criar um impacto positivo na sociedade";
- Seguir empenhada em criar "conteúdo responsável" — com foco inicial na abordagem de estereótipos de gênero na publicidade;
- Pressionar a criação de uma "infraestrutura responsável" ao somente firmar parcerias com organizações que estejam "empenhadas em criar uma melhor infraestrutura digital, melhorando a experiência do consumidor"
Por enquanto, a Google não quis comentar o caso. Já um porta-voz do Facebook disse:
Nós apoiamos totalmente os compromissos da Unilever e estamos trabalhando em estreita colaboração com eles
Vale lembrar que nós já mostramos que algumas empresas tiveram problemas com anúncios no YouTube durante a Black Friday, sendo que alguns deles estavam aparecendo em canais de pedófilos e de conteúdo extremista.
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