A Apple é uma das empresas mais icônicas do mercado de smartphones. Isso porque o primeiro iPhone foi um dos aparelhos de maior sucesso quando foi lançado, em 2007. A solução oferecida pela companhia conquistou o público, com um sistema (o iOS) mais rápido do que os concorrentes. Hoje, 29 de junho de 2018, é o aniversário de 11 anos do iPhone 2G e separamos algumas curiosidades sobre o dispositivo.

O lançamento do primeiro iPhone mudou a forma que usamos smartphones e isso é um fato. Quando foi anunciado o aparelho fez tanto sucesso que marcou o início de uma tradição ainda vista nos dias de hoje: a de fazer filas para comprar novos modelos do iPhone. A Apple conseguiu conquistar o público de uma maneira que ganhou uma legião de fãs loucos por iPhones e por conta disso ainda hoje vemos filas enormes se formando nas Apple Stores sempre que um novo smartphone é lançado.

E uma coisa que poucas pessoas sabem é que o iPhone era pra ser, na verdade, um tablet. Antes de Steve Jobs decidir produzir um smartphone, a Apple estava trabalhando em um tablet. Entretanto, quando os funcionários da companhia mostraram o projeto com um teclado virtual para o CEO da Apple, ele viu uma oportunidade de criar um smartphone. Com isso, iniciaram-se os trabalhos no iPhone, deixando o projeto de criar um tablet para alguns anos depois.

Se você é uma pessoa bastante atenta, pode já ter percebido que sempre que a Apple anuncia um novo smartphone, as imagens promocionais do dispositivos mostram a mesma hora: 9:41. E isso não acidental. Acontece que foi exatamente nessa hora que o Steve Jobs anunciou o lançamento do primeiro iPhone, lá em 29 de junho de 2007, marcando o início de uma era que já dura 11 anos.

O primeiro iPhone era um smartphone extremamente simples. Ele não tinha uma App Store (que só chegou depois de alguns meses), câmera fraquíssima e desempenho que nem chega pero ao que vemos nos dias atuais. Mesmo assim, ele era muito superior ao encontrado em qualquer outro celular da época e suas novidades revolucionárias fizeram com que ele ganhasse o prêmio de invenção do ano quando foi anunciado, em 2007.

Em 2007 não haviam tantos rumores acerca de novos produtos como existem hoje em dia e por conta disso o iPhone 2G foi uma grande surpresa para o público. Porém a Verizon já conhecia o aparelho antes de seu lançamento. Isso aconteceu quando a Apple ofereceu a oportunidade da operadora ganhar exclusividade nas vendas do aparelho. A Verizon, entretanto, recusou a oportunidade e a antiga Cingular (atual AT&T) abraçou o projeto.

A Verizon deve se arrepender disso até hoje, não?

Desde 2007, a Apple desenvolve apenas smartphones top de linha. Em 11 anos foram anunciados 18 aparelhos, enquanto que outras empresas lançam esse número de dispositivos em apenas um ano. Mesmo assim, a Apple consegue vender muitas unidades e em agosto do ano passado, a companhia confirmou que já haviam sido vendidos mais de 1,2 bilhão de iPhones desde o seu lançamento - número que aumentou com a comercialização dos iPhones 8, 8 Plus e X.

Quando o primeiro iPhone foi anunciado, ele ainda era apenas um protótipo e por conta disso poderiam haver alguns bugs. Principalmente com um produto totalmente novo, é comum encontrarmos falhas nas unidades iniciais e essa era uma grande preocupação dos engenheiros. Entretanto, quando Steve Jobs mostrou o iPhone 2G em funcionamento, ele operou perfeitamente e não houve sequer um bug para atrapalhar a apresentação, algo que foi considerado "um milagre" pelos engenheiros.

Esse foi um aparelho revolucionário e disso não há dúvidas. Por conta disso, Steve Jobs queria fazer uma grande surpresa e evitar que informações importantes vazassem para os concorrentes. Dessa maneira, o CEO escolheu Scott Forstall para selecionar os engenheiros que fariam parte do projeto. Mas havia uma regra: eles não podiam ser de fora da Apple. Com isso, Forstall escolheu os melhores engenheiros de cada parte da empresa.

Outra curiosidade é que os empregados não faziam ideia sobre onde estavam se metendo, já que Forstall não podia dizer exatamente qual era o projeto. Quando foi recrutar engenheiros, ele apenas dizia que seria necessário "muito trabalho duro", "noites em claro" e até mesmo "ceder finais de semana". Dessa maneira, apenas os mais ambiciosos aceitaram a missão e conseguiram projetar um dispositivo que mudou completamente o mundo.

Hoje em dia é surreal um smartphone ter plástico cobrindo o display, porém em 2007 era bastante comum os celulares usarem esse material. Isso porque ele era mais barato e resistente do que o vidro. Inclusive, os primeiros protótipos do iPhone 2G possuíam tela de plástico. Porém, Steve Jobs logo percebeu que chaves poderiam facilmente deformar a tela quando colocados no mesmo bolso, por exemplo. Com isso, ele optou por utilizar o vidro para proteger o display do primeiro iPhone.

A principal concorrente da Apple atualmente é a Samsung e sempre houve uma rixa entre os usuários dessas duas companhias. Entretanto, o que poucos sabem é que as duas são parceiras de negócios. Acontece que a Apple não usa chipsets de marcas como Qualcomm e MediaTek; ao invés disso prefere projetar os seus próprios. Entretanto, quem faz a magia acontecer realmente é a Samsung, que fabrica em massa esses SoCs. Dessa forma, se a Apple vender mais smartphones, a Samsung também lucra!

Apple e Samsung são mais que friends, são amigas

E aproveitando a lista, também podemos notar uma curiosidade que diz respeito ao Brasil: o nosso país tem o iPhone mais caro do mundo. Todo ano a Apple lança uma nova geração de smartphones e todo ano o Brasil lidera o ranking de países com os iPhones mais caros do mundo. Em novembro, nós conquistamos novamente o título por conta do iPhone X. Por aqui, esse dispositivo custa R$ 7 mil (ou US$ 1,8 mil, em conversão direta). Nos EUA, ele custa R$ 3.855 (ou US$ 999).

Ou seja: nós pagamos quase o dobro do que os americanos na hora de comprar o iPhone X.