Em setembro de 2022, a Netflix estreou a série Dahmer: Um Canibal Americano, para contar a história dos assassinatos cometidos pelo serial killer Jeffrey Dahmer, seja para abordar as vítimas como as falhas institucionais que levaram a ocorrer tantos crimes.

A produção tem ganhado repercussão e já é uma das vistas da história do serviço de streaming. Mas o que é real ou ficção em toda a série, em relação aos fatos da vida real? O Detetive TudoCelular explica os destaques a você a seguir.

Alerta de spoilers

Na série, a personagem Glenda Cleveland (Niecy Nash) é vizinha de porta de Jeffrey Dahmer e relata que o criminoso fazia lanches para outras pessoas que viviam no mesmo prédio.

Contudo, na vida real, a personagem se trata de uma junção de duas testemunhas: a Glenda Cleveland real, que não morava no mesmo edifício, e Pamela Bass, quem teria relatado a história.

A produção mostra que Dahmer arruma um trabalho em um centro de exames de sangue, onde passou a trabalhar como flebotomista – nome do profissional que colhe amostras sanguíneas de pacientes. Há um trecho no qual ele pega uma bolsa de sangue e bebe o líquido no seu apartamento.

Este é outro caso em que a ficção aumentou o fato. No seu depoimento real, o assassino contou que provou sangue de um frasco uma vez, porém cuspiu em seguida.

Um dos personagens de maior destaque foi o homem surdo chamado Tony Hughes. Apesar de ter sido morto por Dahmer, a trama mostra hesitação dele por duas vezes para matá-lo e indica por algum afeto criado por Hughes.

Diferente do que exibe a série, Jeffrey contou durante a confissão que não havia conhecimento de Tony antes da noite que assassinou o homem. Foi um relato distinto da amiga da vítima, que testemunhou às autoridades que ambos possuíam uma amizade de mais de um ano.

A série exibe um dos casos em que a pessoa quase foi vítima do assassino, porém conseguiu escapar. Na produção, Ron Flowers é levado para a casa da avó de Dahmer e, devido à fiscalização dela, consegue se salvar.

Na vida real, ele também escapa do criminoso, mas por circunstâncias distintas. Jefrrey desiste de matar Flowers por não ter certeza se seria capaz de carregar o corpo da potencial vítima, já que pesava 113 kg.

A trama da Netflix exibe uma cena na qual Dahmer é parado por policiais durante a madrugada, enquanto carregada evidências de crimes em seu carro, mas passou sem ser pego pelas autoridades.

Na realidade, também aconteceu a situação. O serial killer disse que, enquanto levava os restos mortais de Steven Hicks em sacos de lixo no banco do carro, no ano de 1978, foi abordado por policiais. Porém ele conseguiu se livrar e seguir sem ser descoberto.

Este é mais um exemplo que mostra como o assassino poderia ter sido capturado anteriormente pelas autoridades. A produção de Ryan Murphy mostra que os policiais de Milwaukee teriam “devolvido” Konerak Sinthasomphone – adolescente laosiano de 14 anos – a Dahmer, que o mataria posteriormente.

E a situação é fato. Em 27 de maio de 1991, a vítima ficou em casa enquanto o criminoso foi comprar bebidas. Quando retornou, estava em confusão metal batendo papo com três mulheres, as quais ligaram para a polícia.

Contudo, Dahmer conseguiu convencer os agentes que se tratava de uma briga de namorados, os quais deixaram o jovem para morrer e não viram os restos mortais dentro do apartamento.

Eles foram demitidos pelo chefe de polícia, após descobrir os assassinatos de Dahmer, e reintegrados em 1994, após decisão judicial. No entanto, nunca receberam homenagens de “policial do ano”, diferente do que foi exibido na trama.

E aí, você sabe de outra cena que é real ou ficção na série Dahmer: Um Canibal Americano? Relate para a gente no espaço abaixo.