Android 27 Jun
Vivemos tempos de mudanças, e isso ninguém pode negar. A evolução tecnológica tem mudado os hábitos do ser humano, e até a nossa maneira de caminhar está se alterando para nos adaptarmos ao tempo no smartphone. E uma nova pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que os vigeogames também causam alteração na rotina.
Mas é um grupo um pouco específico que mostra alguma mudança. Um estudo realizado pelos economistas Erik Hurst, Mark Aguiar, Mark Bils e Kerwin Charles aponta que jovens do sexo masculino tendem a gastar menos tempo trabalhando e dedicam um tempo cada vez maior aos jogos eletrônicos.
De acordo com os economistas, o homem americano trabalha menos em 2015 do que trabalhava em 2000, com 163 horas anuais a menos registradas entre a faixa etária dos 31 aos 55 anos. Já entre os homens de 21 a 30 anos reduziram 203 horas anuais dedicadas ao serviço no mesmo período.
A influência do videogame pode ser notada ao analisar como esses grupos gastam seu tempo livre. Entre 2012 e 2015, os jovens aumentaram em 2,3 horas o tempo médio semanal de folga, comparando com o período de 2004 e 2007. E 60% desse tempo extra é investido na jogatina, seja ela online ou offline, em grupo ou sozinho.
O mais curioso é que apenas os homens de 21 a 30 anos tiveram esse aumento no tempo gasto com videogames. Homens mais velhos e mulheres de todas as faixas não apresentaram aumento significativo com jogos eletrônicos.
Apesar de o estudo apontar para uma diminuição do tempo entre os homens jovens dedicados com o trabalho em prol dos videogames, críticos do estudo dos economistas americanos apontam para uma possível falha na conclusão.
De acordo com esses críticos, o Japão é um bom exemplo de como uma coisa não está, necessariamente, ligada à outra. Por lá, o tempo jogando também aumentou nos últimos anos, mas não foi detectada diminuição significativa nas horas trabalhadas, mesmo entre os mais jovens.
Do they play a lot of video games in Japan? pic.twitter.com/9GlujsX7iW
— Ernie Tedeschi 📊 (@ernietedeschi) 8 de junho de 2017
Seja como for, o estudo de Hurst e companhia também não é propriamente uma mostra de que o homem jovem está ficando mais preguiçoso por conta dos videogames. Há que se estudar mais profundamente essa mudança de hábito para entender qual é a verdadeira relação de causa e consequência desses números.
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