Em dezembro de 2010,
Alexandre Hohagen, presidente do Google para a América Latina,
afirmou que o
Samsung Nexus S seria vendido no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2011.
Os três primeiros meses passaram, e o aparelho não chegou. O Nexus S foi até mesmo homologado pela Anatel e seu
preço de venda pela TIM parecia já estar até mesmo fechado. Mas a história mudou.
Na sexta-feira, dia 6, segundo reportagem da
Folha, a Samsung informou que o aparelho não seria mais vendido
por causa de uma restrição da Anatel, que exige que os celulares nacionais mostrem o código de área de onde o usuário se encontra. A Samsung afirmou que como o software era fornecido pela americana Google, não conseguiria modificá-lo a tempo para atender esse requisito.
Até aí, tudo bem, exceto por dois pontos importantes. Em primeiro lugar, o sistema operacional Android exibe sim o código de área do usuário, como mostrado na imagem acima. Em segundo lugar, a resolução 298 da Anatel determinada que são as operadoras as responsáveis por disponibilizar a informação do código de área, e não as fabricantes:
O Regulamento de Numeração para a Identificação de Acessos, Interfaces e Elementos de Redes do Serviço Móvel Pessoal (SMP), aprovado pela Resolução 298, de 29 de maio de 2002, determina em seu artigo 19 que “as prestadoras de SMP devem assegurar que suas redes tenham capacidade de informar, continuamente através da Estação Móvel do Usuário (aparelho), em que Área Geográfica (código de área, mais conhecido como DDD) definida pelo Código Nacional o mesmo se encontra, inclusive para Usuários Visitantes.
Quando questionada novamente, a Samsung mudou o discurso para o seguinte:
"A Samsung do Brasil informa que por motivos comerciais o smartphone Nexus S não será lançado nesse momento no país como divulgado anteriormente."
Um esclarecimento ainda bastante vago. O TudoCelular procurou a Samsung do Brasil novamente para mais esclarecimentos, mas a informação é que no momento não há nenhum porta-voz da empresa no Brasil, e essa é até o momento a posição oficial da empresa. Já a Google ainda não se pronunciou sobre o caso.
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