Google 30 Nov
O Google anunciou na última segunda-feira (28) que licenciou sua tecnologia de pesquisa com inteligência artificial em rastreamento de câncer de mama para a empresa médica iCAD. É a primeira vez que o recurso ganha essa dimensão comercial, com o objetivo de aprimorar os recursos atuais para detectar doenças do gênero o quanto antes.
A partir desse primeiro passo, a tecnologia deve chegar a ambientes clínicos por volta de 2024, segundo a gerente de comunicações do Google, Nicole Linton. A implantação comercial depende do sucesso dos testes contínuos que, esperam as empresas, vai validar o uso dessa IA em escala maior.
Esse trabalho já vem sendo desenvolvido há alguns anos e teve maior repercussão no mundo médico em 2020, quando um artigo na revista Nature mostrou que a IA foi melhor em detectar sinais dos cânceres do que vários radiologistas, além de ter reduzido os falsos negativos e falsos positivos a partir de milhares de mamografias estudadas.
A iCAD planeja incorporar o modelo de pesquisa de IA em suas próprias ferramentas, como a “ProFound AI”, que analisa imagens de tomossíntese digital de mama (DBT), uma técnica de imagem avançada às vezes chamada de “mamografia 3D”. A ferramenta digitaliza imagens de DBT para procurar densidades e calcificações de tecidos moles malignos.
O recurso também deve ser implantado em sua ferramenta de avaliação de risco, que fornece estimativas de risco de câncer de mama personalizadas.
Naturalmente, a tecnologia ainda é imperfeita e não conseguiu detectar sinais das doenças em alguns exames apontados por radiologistas. Além disso, ainda não há um "padrão-ouro" para diagnosticar o câncer, o que pode dificultar o aprimoramento da IA. O fato é que a colaboração humana ainda é fundamental para o sucesso e o avanço desse recurso.
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