O jogo Gotham Knights foi lançado no último dia 21 de outubro como o novo RPG de ação de mundo aberto, desenvolvido pela WB Games Montreal e publicado pela Warner Bros. Interactive Entertainment.

Este game promete uma nova experiência dentro do universo do Batman e já se envolveu em algumas polêmicas sobre seus recursos. Quer saber o que ele pode te entregar? O TudoCelular experimentou nos últimos dias e conta os detalhes a você, nesta análise completa.

Gotham Knights engloba um período de luto na cidade de Gotham. A história começa com a luta entre Batman e Ra’s al Ghul, na qual termina com a morte de Bruce Wayne. A partir desse fato, a equipe do Cavaleiro das Trevas retorna para seguir o legado do mentor.

Dentro da trama, você encontrará o enredo principal – que engloba a partida de Batman e a Corte das Corujas – e missões paralelas – como algumas que envolvem Senhor Frio e Arlequina. Tudo isso no mundo aberto de Gotham City.

Sem a Batcaverna, a base dos heróis agora é o Campanário. A “Bat-Família” é composta por Alfred e pelos quatro pupilos do Homem Morcego, cada um com sua personalidade específica, transmitida por meio das falas nas sempre presentes cutscenes: Asa Noturna, Robin, Batgirl e Capuz Vermelho.

O Asa Noturna (Dick Grayson) é focado em seus talentos de acrobata e em combos mais rápidos. Ele também possui especialidade com bastões de esgrima. Já Robin (Tim Drake) tem a furtividade como seu forte e é um estrategista nato. Este ainda utiliza o Bastão Bo com maestria.

Na sequência, o Capuz Vermelho (Jason Todd) se trata do mais “esquentadinho” da turma. A força bruta e a resistência em brigas são seus principais pontos, além de ser um mestre atirados. Por último, a Batgirl se destaca por ser durona e lutadora de um único alvo. Ela ainda consiste em uma hacker especialista.

Apesar de essas personalidades estarem muito bem definidas, as contradições são pouco exploradas ao longo do enredo. Casos como a ligação do Capuz Vermelho com a polícia local e o contato de Asa Noturna com o Penguim são abordados apenas de maneira superficial e dão um gostinho de “quero mais”, sem satisfazer posteriormente.

Um dos pontos importantes de Gotham Knights é a seu formato em mundo aberto. Ela dá mais interação com a campanha, visto que você pode seguir a investigação principal ou resolver crimes na cidade, como bem desejar.

A vantagem de se aventurar nas missões opcionais está em obter mais pontos de habilidade ou adquirir diferentes armas. Assim, poderá criar a sua build conforme desejar ou precisar para os seus avanços.

Outra característica interessante deste RPG de ação é a mudança de estilos de movimentação de acordo com a sua missão. Você poderá se aventurar em combates corpo a corpo com vários inimigos, ou apenas tentar passar despercebido no melhor estilo de furtividade.

Mais especificamente sobre as lutas, faltou a desenvolvedora aprimorar os combos e os comandos. Tudo parece muito automatizado e, ao mesmo tempo, simples demais para o que o jogo poderia entregar.

A mecânica ainda inclui rastrear por meio de realidade aumentada o que está ao seu redor, para detectar inimigos, pistas ou objetos que devem ser examinados. De qualquer maneira, esse tipo de ação tem uma importância maior no começo da história do que na sequência.

Chegamos em um quesito de atenção. Os gráficos no geral são bonitos. Mostram em detalhes o visual de Gotham e os personagens em si. Contudo, a impressão quando se joga é que este game foi pensado para a geração passada de consoles – e não destinado à mais atual, para a qual ele está disponível.

Uma das partes mais perceptíveis para isso é a baixa taxa de quadros por segundo. Você terá um máximo de 30 fps, sem a possibilidade de mudar um modo visual para ampliar esse número. Na prática, a ausência faz falta em momentos mais cruciais, como nas animações no geral, em ataques a média distância ou na hora de andar de moto por Gotham.

Você ainda poderá encontrar alguns bugs ao longo do progresso, como quando algum alvo fica preso na parede, quedas abruptas na taxa fps. Outra curiosidade acontece no multiplayer cooperativo, quando você executa um combo cuja animação está rodando em câmera lenta, enquanto o outro personagem observa de longe

Ao menos, tecnologias como o Ray Tracing estão presentes – quando estiver em um hardware compatível –, para aprimorar os detalhes de luz e sombra do mundo aberto de Gotham City.

A trilha sonora apresenta resultados satisfatórios no geral. Há músicas baixas de fundo com uma pegada mais de suspense, para combinar bem com a temática do game. No geral, a prioridade será ouvir a cidade de Gotham, desde os passos do seu personagem, até as sirenes da polícia local e os gritos das vítimas.

Outro destaque positivo é a presença de dublagem em português brasileiro (PT-BR). Isso sempre ajuda o título a ganhar mais identificação com o público local – principalmente neste caso, com uma grande quantidade de história.

No geral, Gotham Knights se mostra o tempo inteiro como um jogo promissor. Ele oferece uma história com grande potencial, beneficiada pela temática voltada aos personagens em torno de Batman e da presença de um mundo aberto.

A jogabilidade varia conforme a necessidade da missão, mas sempre dentro da linha encontrada ao longo das histórias do Homem Morcego. Ou seja, mantém a coerência dentro do universo em que está inserida.

Mas nem tudo são flores. A falta de profundidade nas histórias dos personagens e as limitações gráficas tornam a experiência mais semelhante ao que se espera de um título da geração passada.

Vale a pena?

Em meio a pontos positivos e negativos, o novo produto da WB Games Montreal é obrigação de consumo pelos fãs do Batman. Apesar de não trazer progressos em termos de jogabilidade ou gráficos, a história não deixa de ser um novo capítulo para a série de games com a temática do Cavaleiro das Trevas.

O título pode ser encontrado para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC – via Steam e Epic Games Store – a partir de R$ 300.

Qual é a sua avaliação sobre Gotham Knights? Você acha que o conteúdo entregue é satisfatório ao jogador? Interaja conosco!

*Agradecemos à assessoria da Warner Bros. Games, Weber Shandwick, por ceder uma cópia do jogo no Xbox Series X|S ao TudoCelular para esta análise!