Economia e mercado 22 Mar
Com foco em regulamentar o uso de moedas virtuais como o Bitcoin no Brasil, foi lançada na última quinta-feira (12/04) a Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchains. E segundo o seu presidente, Fernando Furlan, bancos brasileiros estão se recusando a oferecer uma conta de depósito aos clientes das casas de câmbio de criptomoedas, ferindo a livre concorrência do mercado.
Diversas corretoras brasileiras como o Mercado Bitcoin, FoxBit e CoinBR acusam bancos nacionais de encerrar suas contas em bancos como Santander e Banco do Brasil sem nenhum motivo substancial. De acordo com Furlan, o que os bancos estão fazendo com as casas de câmbio de moedas virtuais "é preocupante. Do ponto de vista de concorrência, é complicado".
Entre as principais justificativas dadas pelos bancos está a falta de interesse comercial. Mas também apontam que o verdadeiro motivo seja a preocupação com a origem do dinheiro movimentado entre as contas, mesmo não informando quais seriam as suspeitas. Corrupção? Dinheiro de tráfico? Não sabemos.
Furlan aponta que os bancos se negam a negociar e que "a justificativa é muito estranha," afirmando que "tem até o potencial para ser um caso inclusive perante o Cade", o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que é responsável por fiscalizar, evitar e apurar casos de abuso do poder econômico.
Será se o Brasil seguirá os movimentos de países como a Índia que visa proibir o uso de criptomoedas para pagamentos? Essa novela ainda está longe de acabar.
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