Tech 14 Set
Recentemente, nós mostramos que a SpaceX divulgou os primeiros detalhes da sua missão que vai levar um cliente para uma viagem no entorno da Lua. No entanto, se engana quem acha que somente a empresa de Elon Musk avança na corrida espacial. Existem muitas novidades no meio e vamos conferir algumas delas.
A primeira é o aniversário de 10 anos do lançamento bem-sucedido do foguete Falcon 1 da própria SpaceX. Para quem não se lembra, esse foi um período um tanto conturbado para a empresa que já havia enfrentado o fracasso em três tentativas anteriores.
Esse foi um grande impulso na indústria espacial privada e abriu as portas para outras empresas importantes como a Stratolaunch, que revelou nesta semana um novo motor que será capaz de sustentar até seis toneladas e contará com três núcleos.
Com a entrada de muitas startups no mercado, algumas companhias como a Northrup Grumman procuram melhorar a sua tecnologia existente para conseguir suportar a concorrência. Por isso, a empresa anunciou nesta semana que está procurando maneiras de reduzir os custos dos seus foguetes Pegasus e Minotaur:
Ao longo dos anos, nossos projetos, nossos conceitos e nossa arquitetura evoluíram com foco na confiabilidade, disse Phil Joyce, vice-presidente de pequenos programas de lançamento espacial da Northrop Grumman
Enquanto empresas buscam se manter ativas, alguns governos como o da Coreia do Sul anunciam novidades importantes. Nesta semana, os sul-coreanos comunicaram que estão fazendo muitos progressos para o lançamento do seu primeiro foguete (KSLV-II). De acordo com o Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia, se tudo der certo, até 2021 ele será lançado oficialmente.
Já outros países como o Japão preferem fazer parcerias com empresas privadas. Isso porque uma companhia do país fechou um acordo com a SpaceX para o lançamento de duas missões lunares que devem ocorrer em meados de 2020 e 2021, sendo que a iSpace pretende usar o foguete Falcon 9.
No entanto, nem tudo são flores para a empresa de Elon Musk. Isso porque a Spacecom - empresa israelense de satélites - cancelou todos os contratos que tinha com a SpaceX. Assim, a empresa ainda será obrigada a pagar um reembolso para a sua ex-companheira de Israel:
a Spacecom tem o direito de receber uma devolução dos fundos pagos para a SpaceX pelo lançamento do AMOS-8, disse uma publicação do país
Por último, a NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos) também aproveitou a semana para divulgar o seu plano oficial para - finalmente - retornar à Lua e explorar Marte. De acordo com a agência, a intenção é que mais verbas comecem a ser fornecidas para "A campanha nacional de exploração espacial".
Isso muito se deve ao fato de o governo dos Estados Unidos estar estudando a possibilidade de entregar a responsabilidade e gestão da Estação Espacial Internacional (ISS) para a iniciativa privada. Desta forma, a NASA não precisa enviar missões caras para reabastecimento dos astronautas.
Assim, em 2020 a nave Orion e o foguete SLS serão testados em órbita e, se tudo der certo, dentro de alguns anos será possível que o homem pise novamente em solo lunar. Com isso, será possível estabelecer uma estação espacial lunar para receber astronautas.
Já os planos para Marte incluem novas missões exploratórias e científicas, deixando o envio de pessoas para o segundo plano. Desta forma, apenas em 2024 a NASA decidirá se é o momento certo de enviar homens para o planeta vermelho, sendo que isso pode ocorrer em meados de 2030.
Além disso, a primeira missão não deve pousar no planeta. A intenção é que ela somente colha informações preciosas sobre Marte em sua órbita. Desta forma, se torna possível que empresas privadas como a SpaceX leve pessoas para o planeta antes mesmo da NASA.
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