Lançamentos 02 Ago
A espera pelo 5G de forma oficial no território brasileiro pode ser um pouco maior do que as expectativas anteriores, pois a Anatel acredita que o leilão do 5G pode sofrer um adiamento por conta da interferência causada no sinal da TV aberta nas zonas rurais, pois a transmissão é feita via antena parabólica.
Esta afirmação foi feita por Leonardo Euler de Morais, presidente da Anatel em entrevista recente ao site Valor, onde ele deixou claro que a frequência de 3,5 GHz que serão usadas para a transmissão do sinal de rede afetam diretamente emissoras de TV e as próprias fabricantes da antena.
Ele ainda acredita que não tem como afirmar que o leilão vai ser realizado dentro do prazo estipulado anteriormente, que é março de 2020, passando a ser uma ‘grande incerteza”. Isto se deve ao fato de haver grande necessidade de encerrar este assunto alarmantes, algo que pode legar pelo menos um mês, segundo o conselheiro Vicente Aquino.
“Não sabemos em quanto tempo será encerrada essa discussão”, disse por Leonardo Euler de Morais, presidente da Anatel.
A Anatel convidou alguns representantes de emissoras para estarem presentes em reuniões com o intuito de alcançarem um denominador comum. De acordo com Ana Eliza Faria e Silva, gerente de Estratégia e Regulatório na área de Tecnologia da TV Globo, eles estão conseguindo chegar a um consenso, mas existem ajustes a serem feitos para fechar um acordo.
Ainda segundo Ana, 22 milhões de pessoas que ainda utilizam as parabólicas podem ser afetadas pela transmissão do 5G, mostrando que há uma boa parcela da população brasileira que precisa ser levada em consideração antes da aplicação do leilão do novo sinal de rede aqui no país.
“A interferência acontece nos dois casos que interessam à radiodifusão: as operações profissionais e as operações domésticas, ou seja, interferem na recepção de parabólicas domésticas e de parabólicas profissionais”, disse a executiva.
Morais acredita que qualquer tipo de atraso na realização do leilão do 5G pode ser ruim para o setor, pois os custos para suavizar as interferências seriam altos e isso acabaria reduzindo o capital das empresas para o leilão, fazendo com que paguem menos pelo novo sinal.
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