Não é novidade vermos constantemente a briga entre fabricantes de smartphones em mercados considerados relevantes em vendas para suas estratégias comerciais porém, pouco se fala a respeito da disputa que corre em paralelo a isso que é a de chipsets disponíveis no mercado mundial.

Destas, a que é considerada mais forte e relevante ao redor do planeta é a americana Qualcomm, que embarca aparelhos de variadas marcas e segmentos e mantem boa parte do mercado quando comparado com suas principais concorrentes, algo que ao menos aparentemente começa a se tornar menos centralizado.

Isso porque, pela primeira vez desde que a quantidade de SoCs vendidos é medida, a chinesa HiSilicon conseguiu performar melhor que sua concorrente direta no mercado doméstico, em um considerável crescimento quando se compara o trimestre anterior e o mesmo período do ano passado.

Para se ter uma noção, segundo as estimativas da CINNO Research, a HiSilicon conseguiu um passar de 36,5% para 43,9% quando comparamos o último trimestre de 2019 e primeiro de 2020. Na contramão, temos que a Qualcomm encolheu, passando de 37,8% para 32,8%.

Se considerarmos a comparação por mesmo período (ou seja, primeiro trimestre de 2019 e 2020), temos que a HiSilicon passou de 24,3% para 43,9% enquanto a Qualcomm foi de 48,1% para 32,8%, mostrando assim a importância para a chinesa em um momento onde o mercado sente os impactos da COVID-19.

Para que isso fosse possível, é possível observar que a HiSilicon se beneficiou não somente da retração vista na Qualcomm como também da diminuição da taiwanesa MediaTek, que no entanto, ainda se mantem o terceiro lugar entre as principais na China e vem crescendo sua relevância na América Latina.