A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atrapalhou o mercado de tecnologia, mas a recuperação está acontecendo rapidamente. Um exemplo disso são os números de vendas revelados pela Xiaomi e a dominância da empresa em alguns mercados.

Nesta semana, as ações da gigante chinesa bateram um novo recorde de valorização na Bolsa de Valores, sendo negociadas a 31 dólares de Hong Kong (~US$ 4). Em linhas gerais, a Xiaomi já vale cerca de 778 bilhões de dólares HK (~US$ 100 bilhões).

A Xiaomi entrou oficialmente no grupo de empresas que valem mais de US$ 100 bilhões. A conquista foi confirmada no último pregão da Bolsa de Hong Kong.

Segundo alguns analistas de mercado, essa forte valorização da chinesa acontece graças aos chamados smartphones de mil yuans. Além disso, a empresa tem conseguido entregar celulares 5G com preços atrativos, algo que se reflete diretamente nos números de vendas.

A queda da Huawei, aliada ao lançamento de celulares que custam menos de 1.000 yuans (~R$ 787), tem feito a Xiaomi figurar na terceira colocação entre as principais fabricantes do mundo. A chinesa vendeu cerca de 46,6 milhões de celulares no terceiro trimestre de 2020 e já superou a Apple. No segmento de IoT, a companhia também continua crescendo, sendo que já são mais de 289 milhões de dispositivos ativados.

Claro que esse aumento de valorização da Xiaomi acontece após uma queda considerável em 2 de dezembro. Isso porque a empresa fez uma nova captação de recursos no mercado para continuar investindo pesado em países emergentes. A intenção da chinesa é vender 240 milhões de celulares em 2021 para ocupar a segunda colocação no mercado global de smartphones.