29 Março 2021
Desde 2014 a China vinha planejando a estreia de uma moeda virtual, porém, apenas ao final do ano passado os testes foram finalizados e, agora, o Yuan digital está pronto para ser usado.
O país acaba de figurar como a primeira potência mundial a adotar, de forma oficial e estruturara, uma moeda não-física, que foi batizada de DCEP (Digital Currency Electronic Payment), sigla para Pagamento Eletrônico em Moeda Digital.
Não é como o Bitcoin
O Yuan digital em nada se assemelha com o Bitcoin ou outras criptomoedas, que usam a rede descentralizada blockchain. Nesse caso, a moeda será emitida, fiscalizada e controlada pelo Banco Popular da China, entidade equivalente ao nosso Banco Central.
Diferente das criptomoedas, as transações feitas com o DECP não serão completamente anônimas, afinal de contas, estamos falando de um país que já tem uma grande reputação no que diz respeito a vigilância e fiscalização de seus cidadãos.
Evolução natural
Na China as transações digitais já fazem parte do cotidiano de muitos usuários, o que em parte, ajudou bastante a conter a pandemia.
Usar cartões e apps como o WeChat para pagar quase tudo é bastante comum por lá, então, a chegada dessa nova moeda faz parte de uma evolução natural do estilo de vida dos chineses.
O governo espera que com essa nova inciativa a utilização de criptomoedas seja desencorajada, para evitar problemas como lavagem de dinheiro e a evasão de impostos.
Nada de anonimato
Para usar o Yuan digital, os cidadãos precisarão de uma linha de telefone celular, algo que só é possível conseguir com um documento de identidade com foto. Para a movimentação de valores mais altos, documentos adicionais deverão ser requisitados.
Analistas preveem que a nova moeda da China deve se tornar, em breve, a terceira maior reserva monetária do mundo, ficando atrás apenas do Euro e do Dólar americano.
Entre os planos do Banco Popular da China estão a globalização do Yuan digital e, para isso, o governo já está negociando com bancos de outras nações incluindo Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos. Em breve testes nessas outras regiões deverão ser iniciados.
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