Sempre que uma empresa procura abrir seu capital em uma bolsa de valores, precisa enviar documentação detalhada sobre seus negócios. No caso do Nubank, que está preparando seu IPO na Bolsa de Nova York, os documentos acabaram por revelar a fintech tem o setor de telecomunicações entre seus planos.

O Nubank vem introduzindo práticas inovadoras no setor financeiro, como o NuSócios, um programa para oferta pública de ações a clientes, e a implementação dos investimentos na Bolsa através do app. A empresa, aliás, não seria a primeira fintech a ingressar no mercado de telecom. O Banco Inter, por exemplo, relançou recentemente sua Inter Cel, uma operadora virtual que usa a rede da Vivo.

O ingresso do Nubank em outras áreas de atuação foi abordado em documento protocolado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Há uma seção destacada como "setores adjacentes" em meio ao plano de expansão da empresa. O banco digital afirma enxergar possibilidades para outros setores além do mercado financeiro:

[...] Por exemplo, acreditamos que existem oportunidades semelhantes para simplificar a vida diária de nossos clientes ao 'disruptar' (sic) os modelos existentes em setores como comércio eletrônico, saúde e telecomunicações.

Atualmente, a única conexão existente entre a fintech e as operadoras de telecomunicações é a venda de recargas de celular por meio do aplicativo. No entanto, oferecer muitos serviços em um único aplicativo é uma tendência principalmente nos setores de e-commerce, delivery e financeiro.

Em todos os casos, a estratégia parece ser a mesma: lucrar com o oferecimento de diversos serviços de forma cômoda, já que os produtos bancários dos bancos digitais quase sempre são isentos de tarifas.

Você é cliente Nubank? O que achou dessa possibilidade? Conte para a gente nos comentários!