O TikTok é um fenômeno raro — mesmo após conquistar uma gigantesca base instalada a nível mundial em pouco tempo, sua popularidade não mostra indícios de desaceleração. Na análise de outubro, o app foi líder em downloads pela 18ª vez em menos de dois anos de lançamento, e manteve esse título novamente neste mês.

O Sensor Tower publicou um novo relatório que aponta os apps mais baixados em todo o mundo e, para a surpresa de poucos, o ranking segue liderado pelo TikTok. A rede social chinesa de vídeos está à frente do trio de aplicativos sob o domínio da Meta — Instagram, Facebook e WhatsApp, sucessivamente.

Visualizando em números, o TikTok contabilizou 57 milhões de instalações no mês de outubro — 17% dos usuários residiam na China e 11% nos Estados Unidos. O Instagram, na vice-liderança, teve 56 milhões de instalações, sendo que o Brasil representa a segunda maior parcela de novos usuários com 6% dos downloads.

É interessante analisar que o Telegram passou a ocupar a 5ª posição entre os mais baixados em ambas as plataformas — Android e iOS — derrubando o Facebook Messenger e o Snapchat. O rápido crescimento do mensageiro russo pode ser atribuído, em partes, à queda dos serviços do Facebook, WhatsApp e Instagram.

Por outro lado, é válido ressaltar que o aplicativo de mensagens nativo do Facebook vinha perdendo sua popularidade ao longo dos últimos meses — antes mostrando resultados melhores que o próprio WhatsApp, hoje o título está abaixo do Snapchat, que sofreu uma grande perda de sua base instalada nos últimos anos.

Há algumas diferenças notáveis entre as preferências dos usuários do sistema operacional do Google e da Apple. O YouTube é um dos aplicativos mais “populares” do iPhone por não ser pré-instalado no iOS, fazendo com que o público tenha que baixá-lo na App Store.

Outro detalhe é o aplicativo misterioso chamado de “National Anti-Fraud Center”, em 3º lugar entre os mais populares da App Store. Trata-se de um software desenvolvido pelo Ministério da Segurança Pública da China com o objetivo de filtrar chamadas e mensagens de spam recebidas no smartphone, além de bloquear apps maliciosos.

Não há informações precisas sobre esse aplicativo, mas uma reportagem do Financial Times sugere que seja utilizado para controlar, identificar e até mesmo interrogar usuários que acessam sites estrangeiros, principalmente relacionados a notícias do mundo financeiro.