Este ano não foi tão lucrativo para a Huawei quanto o anterior, visto que a fabricante chinesa sofre com dificuldades comerciais impostas pela escassez de semicondutores e restrições por parte dos Estados Unidos, que temendo problemas de segurança nacional proibiu as empresas estadunidenses de se relacionarem com a fabricante.

Essas sanções podem ter contribuído para que a gigante registrasse uma queda de 29% em seus lucros se contraposto com o ano fiscal anterior, número que resulta em uma perda de 634 bilhões de yuans (~ US$ 99,5 bi) para a empresa em apenas doze meses.

Conforme afirmou a Huawei, a divisão de smartphones foi a mais prejudicada no último ano, enquanto o setor de telecomunicações se manteve estável e não registrou tantas perdas quanto o esperado, fator que contribuiu para que a companhia não registrasse uma queda ainda maior em sua receita anual.

Apesar do prejuízo especialmente no setor mobile, a Huawei lidera o mercado de telefones 5G na China com 30,7% do total, superando concorrentes como vivo (16,1%) e OPPO (14,6%), que ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente. O relatório detalhado deve ser divulgado apenas em março de 2022.

De acordo com Guo Ping, executivo sênior da Huawei, para os próximos anos a fabricante deve aumentar seus investimentos no mercado automotivo, especialmente nos modelos elétricos e voltados à sustentabilidade.

Em setembro deste ano a empresa anunciou uma aplicação de US$ 1 bilhão no setor de pesquisa de veículos elétricos, mas é esperado ainda mais incentivos nessa categoria.

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