O iPhone SE de terceira geração é a nova aposta da Apple no mercado global de smartphones e o aparelho chegou com a missão de ser a "porta de entrada" no universo da empresa de Cupertino.

Anunciado no começo de março, o novo smartphone começou a ser vendido no Brasil nesta semana e traz como grande diferencial o processador Apple A15 Bionic, além da conexão de quinta geração.

O smartphone conseguirá atrair aquele público que ainda não comprou um aparelho 5G? Essa e outras questões vamos responder neste hands-on feito em parceria com o pessoal do HDblog.

Design e acessórios

Assim como outros iPhones, a caixa do SE é simples e traz o básico. Ou seja, nada de carregador ou fones de ouvido. No quesito design, podemos dizer que não há nada de novo neste aparelho.

Isso porque a Apple tomou a decisão de reaproveitar, mais uma vez, o design já ultrapassado do iPhone 8. Como resultado, temos um aparelho com tamanho reduzido e que tem potencial de atrair aqueles consumidores que não se adaptaram muito bem aos dispositivos maiores.

Para não dizer que não há qualquer melhoria, citamos aqui que a Apple está usando o mesmo vidro presente na linha iPhone 13 para revestir a carcaça do iPhone SE. Mas atenção, não estamos falando do tratamento Ceramic Shield.

Como ele reutiliza um design consagrado pela Apple, o novo iPhone SE tem o tradicional botão home para o Touch ID e também há certificação IP67. Além disso, o smartphone é leve, pesando apenas 144 gramas.

Tela e hardware

O novo iPhone SE tem display IPS LCD de 4,7 polegadas e o painel consegue entregar uma boa consistência quando o assunto é a reprodução de cores. O único problema é o baixo brilho, uma vez que estamos falando de apenas 615 nits.

Como é perceptível em todas as fotos, o painel tem grandes bordas e o fato dele ser tão pequeno pode se tornar um problema para quem já se acostumou com telas maiores.

Agora, quando o assunto é desempenho, podemos dizer que o novo iPhone SE consegue se sobressair. Isso é mérito do chipset A15 Bionic, que entrega experiência fluída e veloz em todas as atividades.

Abrir redes sociais e até mesmo jogar não será um problema neste aparelho, mas claro que há o gargalo do display de baixa resolução e tamanho reduzido.

No quesito de autonomia, o casamento de uma bateria menor e da conexão 5G acabou não se mostrando algo tão desastroso. Para usuários de redes sociais e mensageiros, é possível extrair um bom tempo de uso, mas o mesmo não pode ser dito de quem exige mais do smartphone.

De toda forma, se o usuário precisar de uma tomada, poderá aproveitar também o carregamento sem fio.

Especificações técnicas

• Tela Retina IPS LCD de 4,7 polegadas com resolução HD+
• Display com taxa de atualização de 60 Hz
• Plataforma Apple A15 Bionic
• GPU de 4 núcleos
• 3 GB de RAM
• 64 GB, 128 GB ou 256 GB de armazenamento interno
• Câmera frontal de 7 MP (f/2.2)
• Câmera traseira de 12 MP (f/1.8)
• Conexão 5G
• Classificação IP67, desbloqueio com Touch ID e porta Lightning
• iOS 15
• Dimensões: 138,4 x 67,3 x 7,3 mm
• Peso: 144 gramas

Software

O novo iPhone SE sai da caixa com iOS 15 e o sistema operacional tem um papel importante dentro da proposta desse smartphone. Isso porque há otimizações que melhoram a autonomia e garantem um desempenho acima da média de muitos aparelhos do universo Android.

Além disso, o sistema operacional é confiável e isso garante ao comprador do iPhone SE atualizações por muitos anos, algo essencial para quem deseja ter um smartphone duradouro.

Câmeras

O sensor principal do iPhone SE tem 12 MP com abertura de f/1.8 e ele consegue entregar boas fotos, apesar das limitações. Isso em grande parte é mérito do processador A15 Bionic, que consegue fazer o bom processamento das imagens nos mais variados cenários.

Os recursos Deep Fusion ou Smart HDR4 são novidades que chegaram ao iPhone SE graças ao uso do novo processador. Além disso, o novo ISP integrado ao chipset faz com que as imagens captadas tenham maior riqueza de cores.

Com iluminação suficiente, e especialmente em cenários estáticos, o novo aparelho com toda certeza vai entregar fotos ok e com qualidade levemente superior ao que encontramos em seu antecessor.

Ou seja, temos fotos de boa qualidade para redes sociais e uso diário.

Já no caso das selfies, apesar da resolução de apenas 7 MP do sensor frontal, as fotos capturadas conseguem entregar aquilo que esperamos: bom registro de cores e fidelidade no tom de pele.

Esse é um detalhe importante, uma vez que muitas marcas acabam recorrendo para suavizações que acabam deixando as selfies mais artificiais e com aquele efeito de "cera".

O novo iPhone SE vale a pena? Podemos dizer que ele é um smartphone de nicho, uma vez que muita gente pode não gostar da ideia de voltar a um aparelho que tem design compacto e display tão pequeno.

Em suma, quando o assunto é design, o iPhone SE faz o usuário navegar no túnel do tempo e voltar a 2017, mas, ao observar o desempenho, temos aqui um aparelho com alto poder de processamento.

Ele consegue entregar a experiência digna de um iPhone mais recente em um corpo muito mais compacto. A título de comparação, é como "colocar o motor de uma Ferrari dentro da carcaça de um Fusca".

Além disso, a presença do 5G e a garantia de atualizações do iOS fazem o iPhone SE se tornar uma boa opção para quem precisa deu smartphone durável.

Lançado no Brasil por R$ 4.199 na variante mais básica com 64 GB de armazenamento interno, o novo iPhone SE pode custar até R$ 5.699 na opção de 256 GB.

Isso pode fazer com que muita gente procure um iPhone 11 ou até mesmo o 12 Mini, que podem oferecer uma experiência semelhante com design mais atual ou até mesmo corpo compacto.

O que achou do novo iPhone SE? Conte para nós a sua opinião aqui nos comentários.