Agora já com o primeiro trimestre de 2022 finalizado, dados do IDC apontam um crescimento de 6% no faturamento na venda de smartphones na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, porém, com 10,4 milhões de unidades vendidas, a cifra total caiu 6% em relação ao ano passado, quando passou das 11 milhões de unidades.

Em paralelo, o mercado de notebooks cresceu com 1,5 milhão de vendas nos primeiros três meses deste ano, 4% a mais que no ano passado. Destaque ainda para os desktops, que cresceram cerca de 15%, chegando 451 mil unidades. Os tablets seguem a tendência de queda, recuando em 31%, para um total de 714 mil unidades.

Na análise do cenário geral, o faturamento da indústria eletroeletrônica caiu 4% em relação a 2021. Mas até o fim de 2022, as projeções otimistas prevêm um aumento total de 2% no faturamente, que deve passar dos R$ 230 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a Abinee.

Vale calcular ainda os resultados desse faturamento em relação à inflação —o que traz resultados menos animadores. Segundo a Abinee, o crescimento de 6% de faturamento nominal vê uma queda real de 4%, considernaod que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) do setor eletroeletrônico, calculado pelo IBGE, atingiu 10% no período.

Ressalvas ainda ao mercado de tablets, que no ano passado tinha crescido 52% devido a encomendas do governo para projetos de educação. Desse ponto de vista, a queda razoável pode ser vista com menos gravidade, considerando a situação excepcional do perído no ano anterior.

De qualquer forma, é natural então que o faturamento acabe somando um valor maior já que mesmo equipamentos de entrada recebem cada vez mais recursos e vão ficando mais caros — seja na seara dos smartphones, notebooks e tablets.